A crítica de Carol Gilligan ao androcentrismo e sexismo na psicologia e na produção científica
DOI:
https://doi.org/10.36311/2447-780X.2022.esp.p67Palavras-chave:
Carol Gilligan, Androcentrismo, Sexismo, Ética do Cuidado, Desenvolvimento MoralResumo
Trata-se da apresentação de resultados parciais de uma pesquisa concluída financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Objetivou-se refletir sobre a obra de Carol Gilligan no tocante das críticas que teceu às teorias psicológicas do desenvolvimento, sobretudo da teoria do desenvolvimento moral de Lawrence Kohlberg, argumentando que conservavam um viés masculinizante. Entrou-se em contato com livros, capítulos de coletâneas e artigos de autoria de Gilligan que abordam as críticas tecidas pela autora, sendo, o principal desses materiais bibliográficos, o seu livro Uma voz diferente (In a Different Voice), publicado em 1982. Ressalta-se que Gilligan questionou a validade da teoria de Kohlberg ao argumentar que as mulheres se desenvolvem moralmente diferente dos homens, pois elas se orientariam pelo que chamou de Ética do Cuidado, enquanto eles se orientariam pela Ética da Justiça. As críticas de Gilligan são consideradas revolucionárias para o campo da Psicologia do Desenvolvimento Moral, além da própria Psicologia e da Ciência em geral, e com implicações de vanguarda ao pensamento feminista de sua época. Conclui-se sobre a importância de Gilligan ao modo de se fazer Ciência, quanto à participação nula das mulheres em dados amostrais e às considerações acerca do desenvolvimento feminino.
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