Delineamentos jurídico-normativos da educação inclusiva
problematização a partir das noções foucaultianas de governamentalidade e biopolítica
DOI:
https://doi.org/10.36311/2447-780X.2021.v7.n1.p91-118Palavras-chave:
Ativismo judicial, Educação inclusiva, BiopolíticaResumo
Há mais de 25 anos os direitos e garantias relacionados à educação inclusiva vem sendo dispostos em leis federais, decretos e normas, apontando para um avanço das políticas sociais inclusivas e do próprio sistema educacional inclusivo. Enaltece-se um discurso de atingimento e consolidação de igualdade, da justiça, da busca pela diminuição das diferenças e do atendimento das garantias e direitos constitucionalmente assegurados. Contudo, o Estado ainda se omite em relação a muitas demandas da pessoa que possui deficiência. Surge o denominado Ativismo, que se estrutura nas dimensões Judicial e Legislativa, com o escopo de atuação para garantir esses direitos previstos em lei, bem como para ampliá-los. O Estado e os poderes públicos constituídos devem estar conectados quanto à racionalidade de normatização das diferenças, sintonizando políticas de inclusão que fortaleçam e respeitam a condição da pessoa com deficiência, garantindo a sua presença como elemento ou sujeito a direitos, na esfera dos direitos individuais e também no âmbito da esfera pública. Há lutas locais que possibilitaram avanços da educação inclusiva, e também da própria conexão com o ativismo, existem fatos que estão à margem, inclusive as vezes recostados não na própria política de educação inclusiva, mas nos dispositivos de inclusão. Também há alianças de grupos não identitários mas que muitas vezes possuem demandas e objetivos comuns, cujas relações também apresentam singularidades próprias. Destacando a necessidade de respeito ético das diferenças, este trabalho apresenta uma problematizando a partir das noções foucaultiana de governamentalidade e biopolítica.
PALAVRAS-CHAVE: Ativismo judicial; Educação inclusiva, Biopolítica.
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