O discurso patriarcal através da música popular brasileira
uma análise das canções misóginas do século XX
DOI:
https://doi.org/10.33027/2447-780X.2018.v4.n1.02.p9Palavras-chave:
Música Brasileira, Feminismo, Música Popular, Gênero, MulheresResumo
O presente artigo pretende realizar uma discussão preliminar acerca das representações femininas contidas em canções brasileiras de diferentes gêneros musicais que popularizaram-se no país, em meados do século XX. Subsidiada pela teoria feminista, as reflexões pretendem analisar as seguintes músicas contidas no cancioneiro local popular: “Morocha”, de Mauro Ferreira e Roberto S. Ferreira; “Mulher Indigesta”, de Noel Rosa; “Cabocla Tereza”, de João Pacífico; “Me Lambe”, da banda Raimundos e “Mulheres Vulgares”, dos Racionais Mc’s explicitando os discursos patriarcais à elas relacionados, a fim de comprovar que a cultura patriarcal se naturaliza através da cultura musical no Brasil. Neste sentido, cada música eleita para a análise pertence a um gênero musical distinto, fato que corrobora com a prerrogativa de que a misoginia perpassa por todos os estilos musicais, que expressam culturas plurais e distintas. Cada uma das canções avaliadas trazem uma perspectiva diferente sobre a imagem feminina, entretanto, possuem em comum o fato de depreciarem a mulher, colocando-a em uma posição de inferioridade em relação ao homem. A visão androcêntrica reiterada e propalada através do cancioneiro popular, perpetua uma cultura de exclusão e violência contra as mulheres, neste sentido, propõem-se através destas discussões, contribuir para a desconstrução de uma visão estereotipada e convencionalista dos papéis de gênero.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 Revista do Instituto de Políticas Públicas de Marília
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
O documento publicado passa a ser propriedade do periódico RIPPMar, ficando sua reimpressão total ou parcial sujeita a licença Creative Commons CC BY adotada pelo periódico, devendo ser consignada a fonte de publicação original. Não são cobradas taxas de submissão, avaliação ou editoração.