Transporte coletivo, pandemia e segregação
reflexões em torno da relação entre transporte coletivo de ônibus e usuários no período pandêmico em Belém, Estado do Pará
DOI:
https://doi.org/10.36311/2447-780X.2024.v10.e024002Palavras-chave:
Transporte coletivo, Pandemia da covid-19, Espoliação urbana, NecropolíticaResumo
Diante do contexto da pandemia da covida-19 que assolou vários países, Belém, capital do Pará, sofreu inúmeras consequências, entre elas, o uso restrito do transporte público de ônibus por parte da população. Pesquisou-se as consequências da diminuição do número de ônibus em Belém, no período da pandemia, a partir de medidas sanitárias advindas dos órgãos do governo. Antes desse contexto, a capital vivenciava uma realidade onde a frota de ônibus era muito reduzida em relação ao número de usuários, além da precariedade do serviço. Desse modo, o objetivo da pesquisa visou estudar o impacto desta medida na vida dos usuários deste transporte coletivo. Para isso, fizemos uso da metodologia qualitativa e bibliográfica. Fez-se uso de questionário para entrevistar usuários do transporte coletivo em três pontos específicos da cidade. Analiticamente, usamos os conceitos de espoliação urbana (Kowarick, 1993) e necropolítica (Mbembe, 2018) para entender as medidas sanitárias aplicadas e as consequências que estas tiveram na vida dos que necessitam desse serviço. Os resultados nos evidenciam que as deliberações colocadas em execução pelo governo, tanto da esfera federal quanto estadual, no que diz respeito ao transporte coletivo, potencializou a disseminação e circulação do vírus, bem como aprofundou a precarização do serviço colocando em risco a vida dos usuários do transporte coletivo.
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