O véu depois do 11 de setembro
a identidade e o direito das mulheres islâmicas
DOI:
https://doi.org/10.36311/1982-8004.2011.v5n1.1703Palavras-chave:
Véu islâmico, Identidades, França, DireitoResumo
Esse artigo tenciona compreender a controvertida história do uso do véu islâmico, seu poder simbólico2 enquanto identidade de um grupo e o direito ou não de usá-lo, seja em seus países de origem, sejam em outros países. Nascido da necessidade de proteger as primeiras mulheres muçulmanas, o véu não pode ser usado para oprimi-las como fazem muitos países árabes não seculares, mas também não pode ser proibido quando o seu uso é adotado como símbolo de luta política, seja contra ditaduras laicas, seja como emblema de um nacionalismo. Recentemente a França aprovou uma lei que proíbe o uso desse adereço em lugares públicos, a justificativa para tal medida, se apóia no constrangimento que tais vestimentas e acessórios provocam nas pessoas que não são muçulmanas.
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