Pressupostos metodológicos do populismo
DOI:
https://doi.org/10.36311/1982-8004.2019.v12esp.12.p117Palabras clave:
Tipo ideal, Weffort, Chave liberal de leitura negativa, Crítica metodológicaResumen
O presente trabalho procura investigar o conceito de populismo aprofundando a análise chasineana que o concebe como um tipo ideal. Construído mediante um largo processo temporal, que parte de preocupações com a particularidade da modernização capitalista das relações de classe na América Latina, o conceito vai encontrar em Francisco Weffort uma sistematização que o consolidará enquanto agrupamento individual elencado pelos valores do pesquisador, tal como orienta Weber. Assim, a crítica de raiz metodológica percebe que o conceito se localiza dentro do horizonte liberal, uma vez que suas análises parametram a realidade pela antinomia entre sociedade civil e Estado, onde o populismo, irracional por não se apresentar conformado pelas instituições intermediárias clássicas da democracia liberal, é visto como culto ao poder carismático e demagógico do líder estatal.
Descargas
Referencias
ASSUNÇÃO, V. N. F.; SARTÓRIO, L. A. V. A crítica chasineana à analítica paulista. Verinotio. Revista on-line de educação e ciências humanas. n. 9, ano V, nov. 2008. p. 135-153.
CHÁSIN, J. A sucessão na crise e a crise na esquerda. Revista ensaio. n. 17/18, 1989.
COHN, G. Crítica e resignação: fundamentos da sociologia de Max Weber. São Paulo: T. A. Queiroz, 1979.
CORSI, F. L. Estado Novo: política externa e projeto nacional. São Paulo: Editora Unesp: Fapesp, 2000.
DRAIBE, S. M. Rumos e metamorfoses. Estado e industrialização no Brasil: 1930/1960. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1985.
FERREIRA, J. O nome e a coisa: o populismo na política brasileira. In: FERREIRA, J. (Org.). O populismo e sua história: debate e crítica. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2001. p. 59-124.
GOMES, M. A. O populismo e as ciências sociais no Brasil: notas sobre a trajetória de um conceito. In: FERREIRA, J. (Org.). O populismo e sua história: debate e crítica. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2001. p. 17-57.
GRAMSCI, A. Cadernos do cárcere. O Risorgimento. Notas sobre a história da Itália. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2002. v. 5.
HOBSBAMW, E. A era dos extremos: o breve século XX. São Paulo: Companhias das letras, 1995.
IANNI, O. O colapso do populismo no brasil. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1968.
IANNI, O. A formação do Estado populista na América Latina. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1991.
KOFLER, L. História e dialética. Estudos sobre a metodologia da dialética marxista. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 2010.
KOSIK, K. A dialética da moral e a moral da dialética. In: Volpe, G. D. [et al]. Moral e Sociedade: atas do convênio promovido pelo Instituto Gramsci. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.99-117.
LIPSET, S. M. Alguns requisitos sociais da democracia: desenvolvimento econômico e legitimidade política. Primeiros estudos, São Paulo, n. 2, p. 198-250, 20102.
LOSURDO, D. Para uma crítica da categoria de totalitarismo. Crítica marxista, n. 35, p. 41-58, 2012.
LUKÁCS, G. O particular à luz do materialismo dialético. In: LUKÁCS, G. Introdução à uma estética marxista. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1978. p. 73-122.
MARX, K. O 18 de brumário de Luís Bonaparte. São Paulo: Boitempo, 2011a.
MARX, K. A guerra civil na França. São Paulo: Boitempo, 2011b.
MARX, K. Contribuição à crítica da economia política. São Paulo: Expressão popular, 2008a.
MARX, K. Manuscritos econômico-filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2008b.
MAZZEO, A. C. Sinfonia inacabada: a política dos comunistas no Brasil. São Paulo: Boitempo, 1999.
MONTESQUIEU, Charles Louis de Secondat, Baron de la. Do espírito das leis. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
PRADO JÚNIOR, C. A revolução brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1966.
RAMOS, P. A. Os partidos paulistas e o Estado Novo. Petrópolis: Vozes Ltda, 1980.
SKIDMORE, T. Brasil: De Getúlio a Castelo. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1976.
TOCQUEVILLE, A. A democracia na América: leis e costumes de certas leis e certos costumes que foram naturalmente sugeridos aos americanos por seu estado social democrático. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
WEBER, M. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva, Brasília: Editora da universidade de Brasília, 2000.
WEBER, M. Ensaios sobre a teoria das ciências sociais. São Paulo: Centauro, 2003.
WEFFORT, F. C. O populismo na política brasileira. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2003.
WEFFORT, F. C. O nacionalismo, o populismo e o que restou do legado político e econômico de Vargas. In: SZMRECSÁNYI, T.; GRANZIERA, R. G. (Org). Getúlio Vargas e a economia contemporânea. Campinas: Editora da Unicamp, 2004. p. 157-170.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2019 Leonardo Sartoretto
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Política para Periódicos de Acceso Abierto
Los autores mantienen los derechos de autor sobre el artículo publicado y la Revista Aurora posee el derecho de primera publicación. La Revista adopta la licencia Creative Commons Attribution (CC BY) 4.0 International, utilizada internacionalmente por las principales revistas y editores de acceso abierto. Esta licencia permite que terceros remixen, adapten y creen a partir del trabajo publicado, otorgando el debido crédito de autoría y publicación inicial en esta revista. Los autores tienen permiso para asumir contratos adicionales por separado, para distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (por ejemplo: publicar en un repositorio institucional, en un sitio personal, publicar una traducción o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.