A escuta judicial de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual

uma reflexão sobre o “depoimento sem dano”

Autores/as

  • Adeilza Clímaco Ferreira Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Carla Montefusco de Oliveira Universidade Federal do Rio Grande do Norte

DOI:

https://doi.org/10.36311/1982-8004.2014.v7n2.3853

Palabras clave:

Crianças, Adolescentes, Violência Sexual, Depoimento Sem Dano

Resumen

O presente artigo propõe uma reflexão sobre a utilização da inquirição judicial através da metodologia do Depoimento Sem Dano - DSD nas situações de violência sexual Infanto-Juvenil. Para tanto, partimos da premissa de que à violência sexualcontra crianças e adolescentes é um fenômeno historicamente multifacetado, sustentado por um padrão cultural, que envolve um conjunto de valores, crenças, e hábitos que associados à distribuição desigual da riqueza social, é reproduzido de geração em geração. A partir do registro da denúncia e instauração do processo judicial as vítimas são inqueridas sob à justificativa de que esta metodologia atende aos artigos da convenção Internacional da Criança e que por isto, garante uma maior possibilidade de construir provas concretas. Considerando à especificidade do objeto de estudo, os procedimentos metodológicos foram desenvolvidos através da pesquisa bibliográfica.

Descargas

Los datos de descarga aún no están disponibles.

Biografía del autor/a

  • Adeilza Clímaco Ferreira, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

    Discente do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, Graduada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, E-mail: adeufrn@gmail.com. Este artigo é resultado de um dos capítulos da Monografia defendida em 2011.

  • Carla Montefusco de Oliveira, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

    Docente do Departamento de Serviço Social e do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, E-mail: carla.montefusco@bol.com.br.

Referencias

ANCED. A defesa de crianças e adolescentes vítimas de violências sexuais: Reflexões sobre a re- sponsabilização a partir de dez situações acompanhadas por centros de defesa dos direitos da criança e do adolescente. São Paulo: ANCED, 2009.

AZEVEDO, M. A. Notas para uma teoria crítica da violência familiar contra crianças e adolescentes. In: AZEVEDO, M. A. E GUERRA, V. N. A. infância e violência doméstica: fronteiras do conheci- mento. 5a ed. São Paulo: Cortez, 2009, p.29-54.

AZEVEDO, M. A. E GUERRA, V. N. Apostilas do telecurso de especialização: violência doméstica. São Paulo: LACRI/USP, 2005.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado. Subsecretaria de edições técnicas, 2008.

BRASIL. Lei no 8.069/90. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília, DF: Senado Federal, Sec- retaria Especial de Editoração e Publicações, 1990.

BRASIL. Programa de Ações Integradas e Referenciais de Enfrentamento à Violência Sexual Infanto-juvenil no Território Brasileiro (PAIR). Disponível em: <http://portal.mj.gov.br/sedh/ct/ PAIR%20%20Par%C3%A2metros%20para%20dissemina%C3%A7%C3%A3o%202007.pdf>. Acessado em 07/10/2013.

BRASIL. Ministério da Justiça. Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Plano Nacional de En- frentamento da Violência Sexual Infanto-Juvenil. Brasília, DF: MJ, 2002. Disponível em: . Acessado em 20/03/2011.

CACHO, L. S. R. A Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes na Cidade do Natal: Direi- tos Garantidos ou Negados?. Programa de Pós-Graduação em Serviço Social, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2006. (Dissertação de Mestrado), 157p.

CEDECA. Plano Estadual de Enfrentamento a Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes. Natal: Casa Renascer, 2005.

FÁVERO. E. T. Parecer técnico: Metodologia “Depoimento sem Dano”, ou “Depoimento com Redução de Danos”. Disponível em: http://www.mpes.gov.br/anexos/centros_apoio/arqui- vos/17_2063111651582008_ParecerNaoFavoravel.pdf >. Acessado em 20/04/2012.

FERREIRA, A. C. A Responsabilização do Agressor no Processo de Ressignificação das Vítimas de Violência Sexual: Casos Acompanhados pelo CEDECA Casa Renascer. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em serviço Social) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2011, 118p.

GARCIA, M. B. Um Sistema de Garantia de Direitos – Fundamentação (A). In: Sistema de Garantia de Direitos – Um Caminho para a Proteção Integral. Recife: Cendhec, 1999, n. 01-14.

MELO, C. V. de. Fortalecimento da Rede de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente. In: FNDCA (Orgs). A Incidência da Sociedade Civil no Processo de Construção da Política Nacional da Criança e do Adolescente. 1a Ed. Brasília: Brasil, 2010, p. 53-57.

OSÓRIO, L. C. Família Hoje. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.

PAIVA. L. Violência Sexual – Conceitos. Apostila do Curso Online Sobre Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, Natal, 2012.

SILVA, N. P. da. Apontamentos contra a revitimização no sistema de justiça criminal. In: A defesa de crianças e adolescentes vítimas de violências sexuais: Reflexões sobre a responsabilização a partir de dez situações acompanhadas por centros de defesa dos direitos da criança e do adolescente. São Paulo: ANCED, 2009, p. 85-90.13

Publicado

2014-07-18

Número

Sección

Miscelânea

Cómo citar

FERREIRA, Adeilza Clímaco; OLIVEIRA, Carla Montefusco de. A escuta judicial de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual: uma reflexão sobre o “depoimento sem dano”. Revista Aurora, Marília, SP, v. 7, n. 2, p. 93–108, 2014. DOI: 10.36311/1982-8004.2014.v7n2.3853. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/aurora/article/view/3853.. Acesso em: 22 nov. 2024.