Sociedade disciplinar no pensamento de Foucault e a sociedade de controle no pensamento de Deleuze-Guattari
o papel da instituição educacional e o controle na infância
DOI:
https://doi.org/10.36311/1982-8004.2016.v9n2.09.p130Palavras-chave:
infância, produção de subjetividade, educação infantil, capitalismo, sociedade disciplinar, sociedade de controle, biopolíticaResumo
Este artigo trata do recorte de uma pesquisa de Iniciação Científica acerca da vivência contemporânea da infância. O objetivo é, sob o viés da expropriação da infância através do submetimento ao formato da rotina capitalista, fazer uma reflexão teórica à luz de Foucault, Deleuze e Guattari sobre o processo de produção de subjetividade. Paradoxalmente ao contexto de proteção e cuidado, contrapõe-se a exigência para as crianças de quatro meses até os seis anos de idade de uma organização rígida e duradoura de horários e atividades, juntamente com seu confinamento na maior parte do tempo, dentro da educação infantil. Em acordo com o cotidiano de trabalho dos pais, a criança é inserida no modo educacional de funcionamento capitalista desde a mais tenra idade. As abordagens educativas no ambiente institucional geralmente perduram por anos e a exposição continuada a tais circunstâncias pode contribuir para formação de um contingente populacional diferenciado, já que objetificados cada vez mais precocemente.
Downloads
Referências
BUJES, M. I. E. Infância e Maquinarias. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
CARDOSO JÚNIOR, H. R. Para que serve uma subjetividade? Foucault, tempo e corpo. Psicologia: Reflexão e Crítica, Porto Alegre/RS, v. 18, n.3, 2005.
DELEUZE, G. Diferença e Repetição. Rio de Janeiro: Graal, 1988.
DELEUZE, G. Conversações. Rio de Janeiro: 34, 1992.
DELEUZE, G. Crítica e Clínica. São Paulo: 34, 1997.
DELEUZE, G.. Empirismo e Subjetividade: ensaio sobre a natureza humana segundo Hume. São Paulo: 34, 2001.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O Anti-édipo: capitalismo e esquizofrenia. Portugal, Lisboa: Assírio &Alvim, 1966.
DOMINGUES, R. P. Estudo do conceito de inconsciente no pensamento de Gilles Deleuze e Félix Guattari: um olhar sobre a infância como mapa de devires em alguns casos clínicos da psicanálise infantil. Relatório de Iniciação Científica. FAPESP, 2002.
DREYFUS, H. L.; RABINOW, P. Michel Foucault: uma trajetória filosófica. Rio de Janeiro: Forense, 1995.FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1979.
DREYFUS, H. L. Resumo dos Cursos do Collége de France (1970-1982). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.
DREYFUS, H. L. Subjetividade e verdade. Curso no Collége de France (1980-1981). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.
GUATTARI, F. Revolução molecular: pulsações políticas do desejo. São Paulo: Brasiliense, 1987.
GUATTARI, F.; ROLNIK, S. Micropolítica. Cartografias do desejo. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
LARROSA, J. Tecnologias do eu e educação. In: SILVA, T. T. (Org.). O sujeito da educação: estudos foucaultianos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
ORLANDI, L. B. L. O que estamos ajudando a fazer de nós mesmos? In: RAGO, M; ORLANDI, L. B. L.; VEIGA-NETO, A. (Org.). Imagens de Foucault e Deleuze. Ressonâncias nietzschianas. Rio de Janeiro: DP&A, 2005.
VEIGA-NETO, A. Foucault & a educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.
SILVA, V. J. C. Sociedade disciplinar no pensamento de Foucault e a sociedade de controle no pensamento de Deleuze: um olhar sobre o papel da instituição educacional e o controle na infância. Pesquisa de Iniciação Científica. Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo, Fapesp. Universidade Estadual Paulista, Unesp, Assis, SP, 2007.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2017 Vivian de Jesus Correia e Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Política para Periódicos de Acesso Livre
Os autores mantém o direito autoral sob o artigo publicado e a Revista Aurora detém o direito de primeira publicação. A Revista adota licença Licença Creative Commons Attribution (CC BY) 4.0 International, utilizada internacionalmente pelos principais periódicos e publicadores de acesso aberto. Esta licença permite que terceiros remixem, adaptem e criem a partir do trabalho publicado, atribuindo o devido crédito de autoria e publicação inicial neste periódico. Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (por exemplo: publicar em repositório institucional, em site pessoal, publicar uma tradução ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.