Trajetória formativa de uma acadêmica cega em um curso de pedagogia: tempos e espaços formativos em tempos de inclusão
DOI:
https://doi.org/10.36311/2358-8845.2018.v5n1.12.p159Palavras-chave:
Educação Especial, Formação de professores, Processo de ensino-aprendizagem, Educação SuperiorResumo
As discussões e reflexões apresentadas neste artigo possibilitam indicar aspectos e dimensões a serem considerados no que tange à inclusão de pessoas com deficiência no Ensino Superior. Temos como objetivo compreender como a dinâmica institucional, as barreiras atitudinais e a dinâmica pedagógica refletem na trajetória formativa durante a formação inicial de uma estudante cega. Este estudo é oriundo de uma pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso. Como sujeito tivemos uma estudante cega egressa de um curso de Pedagogia de uma IES comunitária. Entrevista semiestrutura foi o instrumento de coleta de dados. A partir da narrativa da egressa evidenciamos que, no que tange às suas vivências na Educação Superior, a existência de legislações é o primeiro passo para o reconhecimento e a implementação de ações e medidas que visam o acesso e a permanência de pessoas com deficiências nos ambientes educativos deste nível de ensino. Por mais que haja a previsão legal, a concretização da inclusão perpassa a eliminação das barreiras arquitetônicas, pois conforme evidenciamos no relatado da egressa, não basta ter acesso aos prédios com acessibilidade, a locomoção no interior integra os aspectos físicos que interferem na autonomia e independência de deslocamento da pessoa cega. Atrelado a esses aspectos, e se colocado em escala de complexidade, a dimensão mais delicada é constituída pelo elemento humano, ou seja, pelas relações interpessoais, tanto no que tange aos colegas como aos profissionais que trabalham na IES, especialmente, os professores.
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