"Sociologia uma ciência incômoda
entre trajetórias, saberes e incerteza"
DOI:
https://doi.org/10.36311/1982-8004.2021.v14esp.p101-116Palabras clave:
Ciência incômoda, Desnaturalização, Estranhamento, SociologiaResumen
O presente artigo visa esboçar a trajetória histórica da Sociologia no Brasil, indicando o porquê esta é considerada uma ciência incômoda. O pressuposto central é tal incômodo reside no fato da Sociologia ter em seu núcleo a reflexividade e a criticidade que, são elementos cruciais no desenvolvimento de uma ação potencial, racional, fomentando assim, epistemologicamente um processo de desnaturalização e estranhamento dos fenômenos sociais, algo que em uma sociedade conservadora é visto como uma ameaça à manutenção da ordem e a vigência do ethos dominante. Além do exposto, buscar-se-á tecer considerações sobre a Sociologia na atual conjuntura, evidenciando que esta vivencia um período de ataques, e investidas que podem representar à iminência de mais um período de intermitência/ausência, o que demonstra que, pela frente há um futuro incerto, cheio de percalços e meandros.
Descargas
Referencias
BERGER, Peter; LUCKMAN, Thomas. A construção social da realidade: tratado de sociologia do conhecimento. Petrópolis: Vozes, 2008.
BOURDIEU, Pierre. Questões de Sociologia. Disponível em: https://monoskop.org/images/e/e8/ Bourdieu_Pierre_Questões_de_Sociologia_2003.pdf. Acesso em: 31 de out de 2019.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei n° 11.684, de 2 de junho de 2008. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/rceb04_06.pdf. Acesso em: 17 de maio de 2019.
CAREGNATO, Elizabete Célia; LOPES Ricardo Cortez. O estranhamento e a desnaturalização por dentro: da educação autônoma para educação autêntica. MovimentAção, Dourados, v. 3, nº. 5, p. 56- 74, 2016 Disponível em: http://ojs.ufgd.edu.br/index.php/movimentacao.
DAVIDOV, Vasili V. O que é atividade de estudo? Revista «Escola inicial» nº 7, ano 1.999.
EISENSTADT, Shmuel N. 2001. Modernidades múltiplas. Sociologia, problemas e práticas, Lisboa, n. 35, p. 139-163.
FERNANDES, Florestan. O ensino de sociologia na escola secundária brasileira. In: I Congresso Brasileiro de Sociologia, 1954, São Paulo. Anais, São Paulo: Sociedade Brasileira de Sociologia, 1955, pp. 89-106.
GIDDENS, Anthony. Modernidade e identidade. Zahar, 2002 JAPIASSU, Hilton. Ciência e destino humano. Rio de Janeiro: Imago, 2005.
JINKINGS, Isabella; AMORIM, Elaine Regina Aguiar. Produção e desregulamentação na Indústria têxtil e de Confecções. In: Antunes, Ricardo (Org.). Riqueza e miséria do trabalho no Brasil. São Paulo: Boitempo, 2006.
KOSI Karel. Dialética do concreto. Rio de Janeiro, Ed. Paz e Terra, 1969.
LATOUR, Bruno. O que é iconoclash? Ou, há um mundo além das guerras de imagem?. Horizontes antropológicos, v. 14, n. 29, pp. 111-150, 2008
LOPES, Mariana de Oliveira. A análise crítica das relações sociais capitalistas e o papel do estado: as contribuições de Karl Marx In: Políticas e práticas educacionais: LENPES e novos talentos ciências humanas / organizadores: Angélica Lyra de Araújo...[et al.]. – Londrina : Universidade Estadual de Londrina, 2015.
MARIANO, Silvana Aparecida. Modernidade e crítica da modernidade: a Sociologia e alguns desafios feministas às categorias de análise. Cadernos Pagu [online]. 2008, n.30, p. 345-372. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104- 83332008000100018&script=sci_arttext. Acesso em: 15/10/ 2019.
MARX, Karl. Manuscrito Econômico-Filosóficos. 4 ed. São Paulo: Boitempo, 2004.
MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. 12 ed. São Paulo: Abril Cultural, 1996.
MÉSZÁROS, István. A educação para além do capital. 2 ed.São Paulo: Boitempo, 2011.
MEUCCI, Simone. Notas sobre o pensamento social brasileiro nos livros didáticos de sociologia. Revista Brasileira de Sociologia, v.2, n.3, p. 209-232, jan./jun., 2014.
MEUCCI, Simone. Sociologia na educação básica no Brasil: um balanço da experiência remota e recente. Ciências Sociais Unisinos, São Leopoldo, Vol. 51, N. 3, p. 251-260, setembro/dezembro 2015.
MINAYO, Maria Cecília de Sousa. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 2006.
MORAES, Amaury César. Sociologia no Ensino Médio: o estranhamento e a desnaturalização dos fenômenos sociais na prática pedagógica. In: MORAES, Amaury César. Coleção Explorando o Ensino – Sociologia : ensino médio. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2010. Disponível em: https://escsunicamp.wordpress.com/author/lavorinimoretti/.
ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O ENSINO MÉDIO. Ciências humanas e suas tecnologias. Volume 3. Brasília, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica: 2006.RAMOS, Alberto Guerreiro. Introdução crítica à sociologia brasileira. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 1995.
RUCCHI, Luciane. Saberes Sociológicos nas escolas de nível médio sob a Ditadura Militar: os livros didáticos de OSPB – Organização Social e Política do Brasil. 2009. Dissertação (Mestrado) –Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2009.
SANTOS, Karin Santana; TOTTI Marcelo Augusto.“Precarização, desindustrialização e desmonte do ensino público: uma análise das transformações do mundo do trabalho e a reforma do ensino médio”. disponível em: XVIII Semana de Pós-Graduação em Ciências Sociais - UNESP Araraquara, 2019.
SARANDY, Flávio Marcos Silva. Reflexões acerca do sentido da sociologia no ensino médio. In: SARANDY, Flávio Marcos Silva (org.). Sociologia e Ensino em Debate: Experiências e discussão de Sociologia no Ensino Médio. Ijuí: Editora Unijuí, 2004
SOUZA, Charles Toniolo de. O acesso à escola pública, gratuita e universal no capitalismo. Disponível em < http://www.faced.ufba.br/~dept02/repege/revista_repege/escol_capitalista2.htm> acesso em: Out de 2008.
SPOSITO, Maria Pontes. Desencontros entre jovens e a escola. IN: FRIGOTTO, G. & CIAVATTA, Maria (orgs.). Ensino Médio: ciência, cultura e trabalho. Brasília: MEC, SEMTEC, 2004.
VANDENBERGHE, Frédéric. A Sociologia como uma Filosofia Prática e Moral (e vice versa). Sociologias, Porto Alegre, v. 17, n. 39, 2015.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Karin Santana Santos
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Política para Periódicos de Acceso Abierto
Los autores mantienen los derechos de autor sobre el artículo publicado y la Revista Aurora posee el derecho de primera publicación. La Revista adopta la licencia Creative Commons Attribution (CC BY) 4.0 International, utilizada internacionalmente por las principales revistas y editores de acceso abierto. Esta licencia permite que terceros remixen, adapten y creen a partir del trabajo publicado, otorgando el debido crédito de autoría y publicación inicial en esta revista. Los autores tienen permiso para asumir contratos adicionales por separado, para distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (por ejemplo: publicar en un repositorio institucional, en un sitio personal, publicar una traducción o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.