Uma crítica ao caráter ideológico emancipatório da política de economia solidária implementada pelo Governo Brasileiro (2002-2013)
DOI:
https://doi.org/10.36311/1982-8004.2020.v13n2.p77-96Palabras clave:
Emancipação Social, Economia Solidária, Políticas PúblicasResumen
Esse artigo objetivou analisar o caráter ideológico emancipatório da política de Economia Solidária adotada entre 2002 e 2013 no Brasil à luz do conceito de emancipação social da perspectiva “marxiana”. Esse estudo, que é qualitativo, apoiou-se nas contribuições metodológicas de Godoi, Bandeira-de-Mello e Silva (2006). Inicialmente, artigos clássicos que tratam do conceito de emancipação foram consultados, como os de Marx, Engels e Gramsci. Em seguida, concentrou-se em artigos contemporâneos sobre Economia Solidária, como os de Singer, Santos e Barbosa. Pôde-se concluir que existe um distanciamento significativo entre as propostas de emancipação delineadas por Marx e aquelas que dão suporte à Economia Solidária nos padrões atuais. Essa conclusão revela uma mudança ideológica do movimento, que deixou de ser independente para se aliar ao Estado, contribuindo assim para a superação de problemas gerados pelo capitalismo, como desemprego e desigualdade social e, por consequência, para a continuidade do sistema do capital.
Submetido em: 06/06/2020
Aprovado em: 02/07/2020
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