Do bem comum da visão platônico-aristotélica à lógica hobbesiana do contrato social (da ordem mecânica da matéria à ordem final da vontade)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36311/1982-8004.2013.v7n0.3415

Palavras-chave:

modelo aristotélico, bem comum, modelo jusnaturalista, estado de natureza, direito natural

Resumo

Detendo-se na investigação dos dois grandes modelos que caracterizam o pensamento político, a saber, o modelo clássico (grego ou aristotélico) e o modelo jusnaturalista (hobbesiano), o artigo em questão, distinguindo no âmbito daquele as teorias idealistas e realistas, empreende uma abordagem que, nas fronteiras deste último, sublinha desde a questão que envolve "Como nasceu o Estado?", proposta pela perspectiva historicista (paradigma aristotélico), que traz como fundamento o homem como "animal político", até a leitura racionalista (parâmetro hobbesiano), que acena com o problema "Por que existe o Estado?", identificando o homem como um ser naturalmente antissocial, salientando que, se o bem comum determina a visão platônico-aristotélica, a leitura hobbesiana instaura uma lógica que emerge através do contrato social e assinala a tendência natural da autopreservação como fundamento da ação humana, consistindo, em suma, na transição da ordem mecânica da matéria à ordem final da vontade.

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Biografia do Autor

Luiz Carlos Mariano da Rosa, University Gama Filho

Escritor e poeta, pesquisador e ensaísta; Autor de O Todo Essencial, Universitária Editora, Lisboa, Portugal, e, entre outros, Quase Sagrado (em edição); Graduado em Filosofia pelo Centro Universitário Claretiano de Batatais (CEUCLAR/SP) e Pós-Graduado em Filosofia pela Universidade Gama Filho (UGF/RJ); Diretor-Fundador, Coordenador e Pesquisador do Espaço Politikón Zôon – Educação, Arte e Cultura (CNPJ no 10.642.249/0001-54), e Empreendedor Sociocultural. marianodarosaletras@terra.com.br

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Publicado

2013-12-17

Como Citar

ROSA, L. C. M. da. Do bem comum da visão platônico-aristotélica à lógica hobbesiana do contrato social (da ordem mecânica da matéria à ordem final da vontade). Revista Aurora, [S. l.], v. 7, p. 81–102, 2013. DOI: 10.36311/1982-8004.2013.v7n0.3415. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/aurora/article/view/3415. Acesso em: 19 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê