Da mercadoria ao capital fictício

reificação permanente

Autores

  • Rafael Del’Omo Filho Universidade Estadual Paulista (Unesp) image/svg+xml

DOI:

https://doi.org/10.36311/1982-8004.2013.v6n2.3046

Palavras-chave:

Fetiche, reificação, capital, Marx

Resumo

A reificação das relações sociais aparece em Marx a partir do desenvolvimento da contradição imanente à mercadoria em ser valor de uso e valor, contradição que só se eleva a uma forma superior com o desenvolvimento do dinheiro em sua plenitude. O fetichismo está, assim, diretamente relacionado ao desenvolvimento da forma valor e acompanha seu movimento. Acompanhamos esse processo nos livros I e III de O Capital, utilizando, eventualmente, algumas passagens dos Grundrisse, partindo das formas mercadoria e dinheiro em que aparecem seus respectivos fetichismos. Conforme se desenvolvem as formas mais abstratas do valor com o capital portador de juros, também a reificação assume uma forma superior seguindo até o máximo de dissociação do processo de produção efetivo com o capital fictício quando o capital se autonomiza de si mesmo como valor capaz de reproduzir a si próprio.

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Biografia do Autor

Rafael Del’Omo Filho, Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Mestrando do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais da Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho.

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Publicado

2021-12-20

Como Citar

FILHO, R. D. Da mercadoria ao capital fictício: reificação permanente. Revista Aurora, [S. l.], v. 6, n. 2, p. 115–128, 2021. DOI: 10.36311/1982-8004.2013.v6n2.3046. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/aurora/article/view/3046. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

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