O movimento das mulheres das oficinas de trabalho comunitário do bairro Nova Marília - SP

engendrando um novo feminismo?

Autores

  • Vanessa de Faria Berto Universidade Estadual Paulista (Unesp)

DOI:

https://doi.org/10.36311/1982-8004.2012.v5n0.2365

Palavras-chave:

Gênero, Feminismo, Bourdieu, Comunidade

Resumo

Sob uma perspectiva de gênero, enquanto categoria de análise histórica, e através de um diálogo interdisciplinar com a Sociologia, a Antropologia e a História, este artigo dedica-se a uma breve análise do cotidiano do ‘Centro Comunitário Nova Marília’ e das mulheres que foram suas membro-fundadoras. Aprofundando-se no estudo dos discursos e das práticas, observados e registrados através de trabalho etnográfico apresentado em dissertação de mestrado, o texto procura entender como tais mulheres consentiam e/ ou reagiam frente às representações dominantes da diferença entre os sexos. Particularmente, aqui trabalhamos com a incorporação de normas sociais consideradas ‘naturais’ e com o conceito de ‘violência simbólica’ estabelecido por Pierre Bourdieu. Nesse sentido, procuramos compreender também a emergência de um movimento feminista/ feminino, no qual as mulheres se mostraram capazes de articular responsabilidades e privilégios não apenas para si mesmas, mas também para o bem da coletividade.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Vanessa de Faria Berto, Universidade Estadual Paulista (Unesp)

    Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Estadual Paulista, Campus de Marília. Pesquisadora do Laboratório Interdisciplinar de Estudos de Gênero – LIEG/ UNESP. Membro do Grupo de Pesquisa “Cultura e Gênero” – CNPq.

     Este artigo é uma versão bastante condensada da dissertação de mestrado intitulada “Amélia é quem era mulher de verdade? Mulheres pobres e a construção de uma ‘Nova’ Marília (1980-2004)”, defendida e aprovada no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UNESP – Campus de Marília, em março de 2007.

Referências

ABRAMOVAY, Miriam. CASTRO, Mary Garcia (orgs.). Engendrando um novo feminismo: mulheres líderes de base. Rio de janeiro: UNESCO/ CEPIA, 1998.

ALVES, Branca Moreira. PITANGUY, Jacqueline. O que é feminismo. São Paulo: Editora Brasiliense, 1991. (Coleção Primeiros Passos, 20).

AVELAR, Lúcia. A participação política da mulher e a ideologia do conservadorismo político feminino: subsídios para novas pesquisas. XI Encontro Anual da ANPOCS, Águas de São Pedro, 1987 (mimeo).

BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989.

BOURDIEU, Pierre. Coisas ditas. São Paulo: Brasiliense, 1990.

BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.

CHARTIER, Roger. Diferenças entre os sexos e dominação simbólica (nota crítica). In: Cadernos PAGU – Fazendo História das Mulheres. (4). Campinas: PAGU – Núcleo de Estudos de Gênero/ UNICAMP, 1995, p. 37-47.

CORADINI, Odaci Luiz. O referencial teórico de Bourdieu e as condições para sua aprendizagem e utilização. Revista Veritas. Porto Alegre, v. 41, n. 162, PUCRS, junho/ 1996. p. 207-220.

DIAS, Maria Odila L. dos Santos. Novas subjetividades na pesquisa histórica feminista: uma hermenêutica das diferenças. Revista Estudos feministas, Rio de Janiero, v. 2, n. 2/94, CIEC/ UFRJ, 1994, p. 373-382.

PINTO, Celi Regina Jardim. Uma história do feminismo no Brasil. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2003, 119 p. (Coleção História do povo Brasileiro).

Downloads

Publicado

2012-09-21

Edição

Seção

Miscelânea

Como Citar

BERTO, Vanessa de Faria. O movimento das mulheres das oficinas de trabalho comunitário do bairro Nova Marília - SP: engendrando um novo feminismo?. Revista Aurora, Marília, SP, v. 5, p. 79–90, 2012. DOI: 10.36311/1982-8004.2012.v5n0.2365. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/aurora/article/view/2365.. Acesso em: 22 nov. 2024.