“Acho brega esse negócio de ser macho”

educação, bordado, masculinidade e produções de Fábio Carvalho

Autores

  • João Paulo Baliscei Universidade Estadual de Maringá
  • Ana Carolina Souza Universidade Estadual de Maringá

DOI:

https://doi.org/10.36311/1982-8004.2022.v15.n1.p71-90

Palavras-chave:

Educação, Gênero, Masculinidades, Arte, Cultura Visual

Resumo

As relações de gênero fortemente estabelecidas por e em setores econômicos, culturais e trabalhistas contribuíram para que, na contemporaneidade, o bordado fosse associado ao feminino. As práticas escolares e curriculares também favorecem certa distância entre masculinidade e o bordado. Diante disso, perguntamos: Que diálogos podem ser estabelecidos entre masculinidades e arte, em uma perspectiva que valorize o bordado para além do fazer artesanal? Para responder a essa pergunta, neste artigo, apoiamo-nos teoricamente nos Estudos de Gênero e nos Estudos das Masculinidades, pensando-os em articulação com a Educação. Temos como objetico analisar como os aspectos generificados do bordado atravessam a produção artística contemporânea de artistas homens. Para isso, estruturalmente, organizamos a discussão em dois tópicos. No primeiro, discutimos sobre os aspectos educativos e pedagógico das aprendizagens de gênero, dando ênfase às masculinidades. No segundo, apresentamos uma análise de duas séries artísticas feitas pelo artista carioca Fábio Carvalho (1965--), sendo elas: Em sendo patente…(2012) e Monarca (2012). Ao final, nas considerações, evidenciamos o caráter pedagógico dos artefatos visuais e, a partir das obras de Fábio Carvalho, argumentamos sobre a necessidade de repensar as imagens ofertadas às crianças, incluindo aquelas envolvidas em práticas escolares.

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Biografia do Autor

João Paulo Baliscei, Universidade Estadual de Maringá

Doutor em Educação (2018) pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Estadual de Maringá com estudos na Facultad de Bellas Artes/ Universitat de Barcelona, Espanha. Mestre em Educação (2014) pela Universidade Estadual de Maringá; Especialista em Arte-Educação (2010) e Educação Especial (2011) pelo Instituto de Estudos Avançados e Pós-Graduação; e Graduado em Artes Visuais pelo Centro Universitário de Maringá (2009). É professor no curso de Artes Visuais na Universidade Estadual de Maringá; Coordenador do Grupo de Pesquisa em Arte, Educação e Imagens - ARTEI; Coordenador do Estágio Supervisionado em Artes Visuais (UEM), e artista visual com produções que versam sobre gênero e infâncias. Desenvolve pesquisas sobre Educação, Arte/ Ensino de Arte; Estudos Culturais; Estudos da Cultura Visual; Visualidades; Gênero e Masculinidades. É autor dos livros: "PROVOQUE: Cultura Visual, Masculinidades e ensino de Artes Visuais" (2020), "A vida de um Chuveirando" (2021) e "Não se nasce Azul ou Rosa, torna-se: Cultura Visual, Gênero e Infâncias" (2021); e organizador das coletâneas "Como pode uma Pedagogia viver fora da escola? Estudos sobre Pedagogias Culturais" (2020) e "É de menina ou menino? Imagens de Gêneros, Sexualidades e Educação" (2022).

Ana Carolina Souza, Universidade Estadual de Maringá

Graduada e Licenciada em Artes Visuais (2022) pela Universidade Estadual de Maringá. Integrante do Grupo de Pesquisa em Arte, Educação e Imagens - ARTEI. Desenvolve estudos sobre: Educação, Cultura Visual, Artes Visuais, Bordado e Gênero. É artista visual com ênfase nas técnicas de desenho e bordade; é professora com experiência no ensino de desenho para crianças e jovens.

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Publicado

2022-10-18

Edição

Seção

Dossiê