Estrutura e instauração da ciência moderna
contribuições críticas ao debate teórico-metodológico
DOI:
https://doi.org/10.36311/1982-8004.2021.v14esp.p35-48Palavras-chave:
Feudalismo, Capitalismo, Ciência Moderna, MétodoResumo
A partir de meados do século XVI, o modelo científico de se fazer pesquisa ganha moldes que até hoje influenciam os pesquisadores de todo o mundo. Compreender esse movimento de base histórico-social é fundamental para o próprio entendimento crítico do que significa fazer ciência nos dias atuais. A partir do método marxiano de investigação, o qual busca a essência do real ‒ contraditório e em constante movimento provocado pelas mulheres e homens que compõem o gênero humano ‒, o objetivo deste trabalho é apresentar as relações do processo de transição entre feudalismo e capitalismo e a instauração do modelo de se fazer ciência que não por acaso o acompanha. Assim, verificou-se a passagem entre o velho e o novo modelo de se produzir conhecimento, no qual os critérios de verdade e a própria compreensão de realidade passam por modificações históricas associadas aos interesses de suas respectivas classes dominantes. Há a transformação de uma compreensão da natureza pela contemplação, própria do Medievo, para a prática moderna de aferições qualitativas e quantitativas. A experiência para a comprovação assume centralidade, e com ela o método e o instrumental necessário para tanto. Consideram-se as contribuições de Copérnico, Galileu e Newton no interior de um processo de consolidação do sistema do capital como um fazer ciência associado aos novos interesses produtivos que se impõem socialmente, cujos grandes benefícios serão colhidos de maneira especial pela classe burguesa em formação.
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