Aprender versus ensinar

Charles Sanders Peirce e a universidade americana do final do século XIX

Autores

  • Lauro Frederico Barbosa da Silveira Faculdade de Filosofia e Ciências - FFC - Campus de Marília

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0101-31731982000100006

Palavras-chave:

Charles Sanders PEIRCE, Universidade de Harvard, Universidade de John Hopkins, Morrill Act, Thomas Huxey, pragmatismo, falibilismo, evolucionismo, filosofia, ensino universitário

Resumo

A produção científica e filosófica de Charles Sanders PEIRCE (1839-1914), exigindo como critério para o trabalho intelectual e para a conduta da vida do pensador o absoluto rigor na construção dos conceitos e a estrita verificação experimental, teve por conseqüência desvincular o trabalho científico e filosófico de qualquer função apologética. A afirmação de que todo conhecimento do mundo da experiência e mesmo daquele elaborado pela matemática é intrinsecamente provável e falível se opôs a todo e qualquer dogmatismo e mesmo ao "a priori" de tradição Kantiana. O interesse pela teoria evolucionista e a coerência inabalável da filosofia e das atitudes de PEIRCE, como professor e pesquisador, encontraram profunda resistência no meio universitário e editorial de seu tempo. Num momento de grave crise na Universidade norte-americana, decorrente das transformações econômicas e políticas ocorridas com a guerra da Secessão (1861-1865), o posicionamento de PEIRCE contribuiu muito provavelmente para sua demissão como professor das Universidades de Harvard e de John Hopkins; para dificultar a publicação de seus escritos e para seu total isolamento nos últimos anos de vida.

Publicado

01-01-1982 — Atualizado em 18-02-2023

Edição

Seção

Artigos e Comentários

Como Citar

Aprender versus ensinar: Charles Sanders Peirce e a universidade americana do final do século XIX. (2023). Trans/Form/Ação, 5, 77-84. https://doi.org/10.1590/S0101-31731982000100006