UMA REFLEXÃO SOBRE A CARACTERIZAÇÃO DO SUPERDOTADO E A CONDIÇÃO DA DUPLA EXCEPCIONALIDADE
DOI:
https://doi.org/10.36311/2358-8845.2024.v11n2.e0240018Palavras-chave:
Superdotação, Autismo, Dupla Excepcionalidade, Identificação.Resumo
Há indivíduos que conjugam habilidades e competências e que, contudo, têm déficits na comunicação e interação social. O presente artigo discute a sub-representação de indivíduos superdotados e dentro do espectro autista, identificados como duplamente excepcionais. Foi realizada pesquisa quantitativa transversal, através de questionário fechado estruturado, elaborado com o objetivo de caracterizar o participante de oficina em dois eventos distintos, com responsáveis por crianças e adolescentes, realizados de forma remota, destinados exclusivamente a superdotados (n = 20). O indivíduo foi caracterizado como majoritariamente do sexo masculino, nascido entre os anos de 2007 e 2010, sendo identificado por teste psicométrico, predominantemente matriculado no Ensino Fundamental I de escola privada, sendo residente no município de Niterói. A maioria não participa de atividade extracurricular de enriquecimento ou apresenta qualquer condição de dupla excepcionalidade. O pequeno número de indivíduos na condição de dupla excepcionalidade envolvendo superdotação e o transtorno do espectro autista (n = 2) sugere negligência, que, por sua vez, pode estar relacionada: (a) ao desconhecimento, especialmente no que tange os profissionais envolvidos na identificação e atendimento; (b) ao preconceito relacionado ao autismo. Se tratando da dupla excepcionalidade envolvendo superdotação e o autismo, é bastante importante a sub-representação dos indivíduos autistas, quando também superdotados, porque: (a) a condição de superdotação pode mascarar ou minimizar os possíveis prejuízos decorrentes do transtorno; (b) as pessoas atribuem valores diferentes a uma e outra condição.
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