ASSISTENCIALISMO E REPRESENTATIVIDADE ALEGÓRICA DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36311/2358-8845.2023.v10n2.p25-38

Palavras-chave:

Assistencialismo, Representatividade Alegórica, Pessoas com deficiência, Bolsonarismo

Resumo

No presente ensaio teórico, buscamos analisar os retrocessos relacionados aos direitos das pessoas com deficiência mediante as estratégias de assistencialismo e representatividade alegórica do governo Bolsonaro e compreender como o bolsonarismo ainda se faz presente nas práticas capacitistas, mesmo com o fim do mandato do ex presidente Jair Bolsonaro. Desta feita, organizamos as discussões em três pontos cruciais para aprofundamento do tema:  1. Assistencialismo e retirada de direitos, evidenciando retrocessos normativos e/ou sociais durante o período de governo do ex presidente do Brasil Jair Bolsonaro; 2. Compreensão da representatividade sustentada como bandeira, mas utilizada como alegoria como principal estratégia para implementação do bolsonarismo em relação a pauta das pessoas com deficiência; e, por fim, 3. refletimos sobre a atual conjuntura mediante a retomada das políticas de inclusão. Analisamos que o ex governo Bolsonaro, de maneira dissimulada, apropriou-se das pautas de representatividade e acessibilidade, fortificando no imaginário social a desumanização das pessoas com deficiência, através do discurso sorrateiro do assistencialismo, sendo portanto, violados os direitos sociais, éticos e políticos desses sujeitos. Consubstanciados nesse fato, mesmo com a recente posse de Luís Inácio Lula da Silva – o qual permanece inoperante em relação à temática -, existem inúmeras consequências e enfretamentos às práticas bolsonaristas no que se refere a (re)construção desses retrocessos que precisam ser realizadas.

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Biografia do Autor

  • Viviane Nunes SARMENTO, Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFAPE

    Possui graduação em Educação Física pela Universidade Federal de Alagoas (2009), graduação em Direito pela Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais de Maceió (2009), Mestra em Educação pela Universidade Federal de Alagoas (2013) e Doutora em Educação também pela Universidade Federal de Alagoas (2018). Atualmente é Professora Adjunta da Universidade Federal Rural de Pernambuco, pesquisadora do Needi (Núcleo de Estudos em Educação e Diversidade) e coordenadora do Grupo de Estudos em Psicologia Sócio -Histórica Inclusão e surdez. Tem atuado principalmente com as seguintes discussões: Educação de Surdos, Pesquisa Colaborativa e Análises Sócio-Históricas, tendo por base Vigotski, acerca da deficiência. Também contribuído como colunista para o Jornal Brasil de Fato Pernambuco.

  • Wender Paulo de Almeida TORRES, Rede Municipal de Educação de Pernambuco

    Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2014). Graduação em Letras com habilitação em Língua Portuguesa- UNIFACVEST (2019), Pós Graduação em LIBRAS pela Faculdade de Educação da LAPA (2017) .Foi Coordenador de Proteção Especial na Central de Libras de Garanhuns (2017-2020) e Professor Tradutor Intérprete de Libras - Escola Estadual Simoa Gomes. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Métodos e Técnicas de Ensino.

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Publicado

2023-11-24

Edição

Seção

Dossiê Direitos Humanos, Inclusão e Educação Especial

Como Citar

SARMENTO, Viviane Nunes; DE ALMEIDA TORRES, Wender Paulo. ASSISTENCIALISMO E REPRESENTATIVIDADE ALEGÓRICA DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA. Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial, Marília, SP, v. 10, n. 2, p. 25–38, 2023. DOI: 10.36311/2358-8845.2023.v10n2.p25-38. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/dialogoseperspectivas/article/view/14896.. Acesso em: 13 nov. 2024.