Modelos táteis como metodologia alternativa para o ensino de botânica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36311/2358-8845.2021.v8n1.p83-94

Palavras-chave:

Ensino de botânica., Deficiente visual., Educação inclusiva., Estudante com Necessidades Educacionais Especiais (NEE)

Resumo

A botânica consiste em estudar as plantas, sendo, por vezes, necessários equipamentos inacessíveis como microscópios e estereomicroscópios contribuindo para o estigma da área no país. O cenário é ainda mais adverso para estudantes com de Necessidades Esducionais Especiais (NEE), como os deficientes visuais. Para melhorar o ensino em disciplinas como a botânica, que possui conteúdos de abordagem complexa, professores e pesquisadores tem unido esforços para desenvolver metodologias alternativas e inclusivas. O presente trabalho objetivou avaliar a realização de atividades práticas como a elaboração e uso de modelos táteis no processo ensino-aprendizagem e como forma de Educação Inclusiva. O trabalho foi desenvolvido em uma turma do 7° ano do ensino fudamental no Município de Paulista-PE, cuja coleta de dados foi feita através de questionários aplicados antes e após a atividade prática, além de testes de sensibilidade em modelos táteis. Os resultados obtidos revelaram que o desenvolvimento e a utilização dos modelos didáticos foi positiva para o ensino da botânica e que os estudantes, videntes e não videntes, ampliaram suas visões e concepções acerca das plantas e das briófitas. O método de confecção dos modelos pelos prórpios estudantes permitiu que os alunos desenvolvessem outras habilidades como criatividade e melhorassem sua capacidade de interação com colegas e professores contribuindo para sua formação enquanto educando e cidadão.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Mayara Souza da Silva, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

    Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal (PPGBV) da Universidade Federal de Pernambuco, Departamento de Botânica, Recife, PE, Brasil

  • Ionara Stéfani Viana de Oliveira, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

    Docente do Departamento de Finanças e Contabilidade da Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.

  • Emilia Cristina Pereira de Arruda, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

    Docente do Departamento de Botânica da Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE, Brasil

Referências

AMIRALIAN, Maria Lúcia Toledo Moraes. Sou cego ou enxergo? As questões da baixa visão. Educar em Revista, Paraná, n. 23, p. 15-28, 2004.

AREND, Felipe Lohmann; DEL PINO José Claudio. Uso de questionário no processo de ensino e aprendizagem em biologia. Revista de Ensino de Biologia, v. 10, n. 1, p. 72-86, 2017.

BRASIL. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. 2. ed. Brasília, DF: Corde, 1997.

CAMPOS, Márcia de Borba; SILVEIRA, Milene Selbach; SANTAROSA, Lucila Maria Costi. Tecnologias para educação especial. Informática na educação: Teoria & Prática, Porto Alegre, vol. 1, n. 2, p. 55-72, 1999.

FRIAS, Elzabel Maria Alberton; MENEZES, Maria Christine Berdusco. Inclusão escolar do aluno com necessidades educacionais especiais: contribuições ao professor do ensino regular. Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, Faculdade de Educação Ciências e Letras de Paranavaí e Universidade Estadual de Maringá, p. 1462-8, 2008.

LIPPE, Eliza Marcia Oliveira; CAMARGO, Éder Pires de. Ensino de ciências e deficiência visual: discursos e práticas inclusivas para a formação de professores. In: CAMARGO, Éder Pires. Ensino de ciências e inclusão escolar: investigações sobre o ensino e a aprendizagem de estudantes com deficiência visual e estudantes surdos. Curitiba, PR: CRV, 2016. p. 232.

MICHELOTTI, Angela; LORETO, Elgion Lucio da Silva. Utilização de modelos didáticos tateáveis como metodologia para o ensino de biologia celular em Turmas inclusivas com deficientes visuais. Revista Contexto & Educação, v.34, n.109, p. 150-179, 2019.

MIRANDA, Arlete Aparecida Bertoldo. Educação Especial no Brasil: desenvolvimento histórico. Cadernos de História da Educação, v. 7, p. 29-42, 2008.

NOGUEIRA, Antônio Carlos de O. Cartilha em quadrinhos: um recurso dinâmico para se ensinar botânica. In: Encontro “Perspectivas do Ensino de Biologia”, 6., 1997, São Paulo. Coletânea. São Paulo: USP, 1997. p. 248-249.

NUNES, Sylvia; LOMÔNACO, J. F. B. O aluno cego: preconceitos e potencialidades. Psicologia Escolar e Educacional (Impresso), v. 14, n. 1, p. 55-64, 2010.

PERINI, Monique; ROSSINI, Josiene. Aplicação de modelos didáticos no ensino de biologia floral. International Scientifc Journal, v. 13, n. 3, p. 58-57, 2019.

PIETRICOSKI, Luciana Borowski; MENIN, Martha. A inclusão de alunos com deficiências visuaisno ensino de ciências e biologia: confecção de modelos didáticos para o ensino de citologia. In: Congresso Internacional de Tecnologia Na Educação, 13., 2015, Pernambuco. Anais[...]. Pernambuco: Senac, 2015. p. 1-10.

RAVEN, F. Evert; EICHHORN, Susan. E. Raven Biologia vegetal. 8ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. 856 p.

SILVA, Patrícia Gomes Pinheiro. O ensino da botânica no nível fundamental: um enfoque nos procedimentos metodológicos. 146p. Tese de doutorado, Universidade Estadual Paulista, Bauru. 2008.

SILVA, Juliana Nascimento; GHILARD, Natalia Pirani. Botânica no Ensino Fundamental: diagnósticos de dificuldades no ensino e da percepção e representação da biodiversidade vegetal por estudantes. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias. vol. 13, n. 2, p. 115-136, 2014.

Downloads

Publicado

2021-07-10

Como Citar

SILVA, Mayara Souza da; OLIVEIRA, Ionara Stéfani Viana de; ARRUDA, Emilia Cristina Pereira de. Modelos táteis como metodologia alternativa para o ensino de botânica. Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial, Marília, SP, v. 8, n. 1, p. 83–94, 2021. DOI: 10.36311/2358-8845.2021.v8n1.p83-94. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/dialogoseperspectivas/article/view/10763.. Acesso em: 13 nov. 2024.