A política internacional entendida como a política do poder

princípios teóricos do realismo político

Autores

  • Luiz Fernando Mocelin Sperancete Universidade Estadual Paulista (Unesp) image/svg+xml

DOI:

https://doi.org/10.36311/10.36311/1982-8004.2021.v14.n2.p35-58

Palavras-chave:

Realismo político., Política internacional, Estado, Nação

Resumo

O presente artigo consiste em uma exposição dos princípios teóricos do realismo político moderno para o estudo da política internacional. Para tanto, apresenta-se os seis princípios de proposto por Hans Morgenthau visando elucubrar a dinamicidade das relações entre os principais atores internacionais para esta corrente teórica, relações estas que são baseadas no interesse próprio e na busca pela maximização do poder nacional a nível internacional. A utilização dos conceitos de Nação, Estado-nação e nacionalismo jogam luz sobre a dinâmica conflituosa da política internacional, levando em conta elementos que conformam o poder nacional, os quais, por sua vez, são instrumentalizados pela esfera política, que está acima de todas as demais esferas de análise, de forma que os recursos que as nações detêm são fontes que determinam o tipo de engajamento que terão no plano internacional.

Recebido em 21/02/2021
Aprovado em 30/05/2021

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Luiz Fernando Mocelin Sperancete, Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Mestre em ciências sociais pela PUC-SP e história econômica pela USP, doutorando em Ciências Sociais (linha de pesquisa relações internacionais e desenvolvimento) na UNESP, e pesquisador do LEA (Laboratório de Estudos da Ásia) da USP e do NACI (Núcleo de Análise de Conjuntura Internacional) da PUC-SP.

Referências

ASENDORPF, J. B. Psychologie der Personlichkeit. Berlim, Alemanha: Springer, 2004.

BERSTEIN, S.; MILZA, P. História do século XX: volume 1: 1900-1945, o fim do “mundo europeu”. São Paulo, SP: Companhia Editora Nacional, 2007a.

____________________. História do século XX: volume 2: 1945-1973, o mundo entre a guerra e a paz. São Paulo, SP: Companhia Editora Nacional, 2007b.

____________________. História do século XX: volume 3: de 1973 aos dias atuais: a caminho da globalização e do século XXI. São Paulo, SP: Companhia Editora Nacional, 2007c.

CARR. E. H. Vinte anos de crise (1919-1939): uma introdução ao estudo das relações internacionais. 2ª ed. - Trad.: Luiz Alberto Figueiredo Machado. Prefácio: Eiiti Sato. Brasília, DF: Editora Universidade de Brasília, Instituto de Pesquisas em Relações Internacionais; São Paulo, SP: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2001.

CASELLA, P. B.; ACCIOLY, H.; SILVA, G. E. N. Manual de direito internacional público – 20. Ed. – São Paulo, SP: Saraiva, 2012.

COLERIDGE, S. T. Essays on his own times. Londres: William Pickering, 1850.

GUIMARÃES, S. P. Nação, nacionalismo, Estado. In: Revista de Estudos Avançados, nº 22, Instituto de Estudos Avançados da USP, 2008, págs. 145-159.

HOBBES, T. Leviatã ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil. Trad.: João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo, SP: Editora Nova Cultural, 1997.

HOBSBAWM, E. J. Nações e nacionalismo desde 1780: programa, mito e realidade. Trad.: Maria Celia Paoli; Anna Maria Quirino. Rio de Janeiro, RJ: Paz e terra, 1990.

_______________; RANGER, T. A invenção das tradições. Rio de Janeiro, RJ: Paz e Terra, 1984.

IPSA. International Encyclopedia of Political Science. Volume 5. Contents 5.: USA: Washington, DC: Library of the Congress, 2011.

KEYNES. J. M. As consequências econômicas da paz. Pref.: Marcelo de Paiva Abreu. Trad.: Sergio Bath. São Paulo, SP: Imprensa Oficial. Brasília, DF: Editora Universidade de Brasília, 2002.

MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Rio de Janeiro, RJ: Ediouro, 1998.

MEDEIROS, C. A. de. Desenvolvimento econômico e ascensão nacional: rupturas e transições na Rússia e na China. In: FIORI, J. L.; SERRANO, F.; MEDEIROS, C. A. de. O mito do colapso do poder americano. Rio de Janeiro, RJ: Record, 2008.

MORGENTHAU, H. A política entre as nações: a luta pelo poder e pela paz. Trad.: Oswaldo Biato. Prefácio: Ronaldo M. Sardenberg. Brasília, DF: Editora Universidade de Brasília, Instituto de Pesquisas de Relações Internacionais; São Paulo, SP: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2003.

ONU. Charter of the United Nations and Statute of the International Court of Justice. São Francisco, Estados Unidos da América, 1945. Disponível em: <https://treaties.un.org/doc/publication/ctc/uncharter.pdf>. Acesso em: 19/12/2020.

REZEK, J. F. Direito internacional público: curso elementar. - 13ª Ed. revisada, aumentada e atualizada – São Paulo, SP: Saraiva, 2011.

SARAIVA, J. F. S. História das relações internacionais contemporâneas: da sociedade internacional do século XIX à era da globalização. São Paulo, SP: Saraiva, 2008.

SEGRILLO, A. Os russos. - 1ª ed. - São Paulo, SP: Contexto, 2015.

TUCIDIDES. História da guerra do Peloponeso. Trad.: Mario da gama Cury; Prefácio de Hélio Jaguaribe. 4ª edição – Brasília, DF: Editora Universidade de Brasília, Instituto de Pesquisa em Relações Internacionais; São Paulo, SP: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2001.

Downloads

Publicado

2021-11-11

Como Citar

MOCELIN SPERANCETE, L. F. A política internacional entendida como a política do poder: princípios teóricos do realismo político. Revista Aurora, [S. l.], v. 14, n. 2, p. 35–58, 2021. DOI: 10.36311/10.36311/1982-8004.2021.v14.n2.p35-58. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/aurora/article/view/11577. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê