One of the captivities of freedom
PDF (Portuguese)

Keywords

Land Structure
Territoriality
Captivity of the Land
Structural Racism

How to Cite

One of the captivities of freedom: the restriction of land access to black people. Revista Aurora, [S. l.], v. 14, n. 3, p. 163–178, 2021. DOI: 10.36311/1982-8004.2021.v14esp.p163-178. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/aurora/article/view/12701.. Acesso em: 9 jul. 2024.

Abstract

The present work seeks to deal with the Brazilian land structure, ruled by the maxim of “captivity of the land”, as one of the founding elements of structural racism in Brazil. The distribution of land has as core the concentration, from the Portuguese colonization to the present day. From the exploitation of the work of the enslaved black population for more than three and a half centuries, a model of agricultural production through huge estates was founded, turned to the exportation. After slavery ended, black people, in addition to not being assisted or repaired by any of the material and moral damage caused by this phenomenon, had their lives depreciated in many ways, one of these was the deprivation of access to land. When considering the importance of territoriality for the reproduction of the lives of these populations, the study aims to point how racism and the historical evidence of land concentration, which remains until today, constitute the same social structure; counting on the direct interference of Brazilian political institutions. This discussion is important at a time when the agroindustry expands itself territorially at an increasing speed and the debates about structural racism gain popular and media attention - except, however, when it comes to the advance of expropriations (agricultural frontier) in the lands by quilombola and/or indigenous peoples, as these issues are not usually treated in a relational way.

PDF (Portuguese)

References

ALMEIDA, Silvio. Comunidades quilombolas, poderes estatais e expansão do capital. Revista Crítica do Direito, v. 54, 2013.

ALMEIDA, Silvio. Racismo Estrutural. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen Livros, 2019.

BRUNO, Regina. Elites agrárias, patronato rural e bancada ruralista. Observatório de Políticas Públicas para a Agricultura – OPPA. Texto de Conjuntura no 9. Rio de janeiro, nov. 2015.

BRUNO, Regina. Movimento Sou Agro: marketing, habitus e estratégias de poder do agronegócio. 36º Encontro Anual da Anpocs. Caxambú/MG, 2012.

CAVALCANTE, José Luiz. A Lei de Terras de 1850 e a reafirmação do poder básico do Estado sobre a terra. São Paulo: Revista Histórica, 2005.

COSME, Claudemir Martins. A burguesia latifundista não abre mão do monopólio da terra no Brasil: a perpetuação da concentração fundiária revelada pelo Censo Agropecuário 2017. Revista Pegada, v. 21, n. 1, pp. 84-109, 2020.COSTA, Emília Viotti da. Da monarquia à República: momentos decisivos. 6 ed. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, pp. 61-130, pp. 169-194, 1999.

DELGADO, Guilherme C. A questão agrária no Brasil, 1950-2003. In: JACCOUD, L. (Org.). Questão social e políticas sociais no Brasil contemporâneo. Brasília: IPEA, pp. 51-89, 2005.

DOMINGUES, Petrônio. Cidadania por um fio: o associativismo negro no Rio de Janeiro (1888-1930). São Paulo: Revista Brasileira de História, v. 34, n. 67, pp. 251-281, 2014.

FERNANDES, Florestan. A integração do negro na sociedade de classes. 5 ed. São Paulo: Globo, 2008.

FONSECA, Bruno; PINA, Rute. O Agro é branco. Agência Pública, 19 nov. 2019. Disponível em: < https://apublica.org/2019/11/o-agro-e-branco/ >. Acesso em: 09 out. 2020.

FONTES, Virgínia Maria Gomes de Mattos et al. O Brasil e o capital imperialismo: teoria e história. 2 ed. Rio de Janeiro: EPSJV / Editora UFRJ, 2010.

FPA, Frente Parlamentar da Agropecuária. Todos os Integrantes. Disponível em: . Acesso em: 07 out. 2020.

FUNARI, Pedro Paulo A. Heterogeneidade e conflito na interpretação do Quilombo dos Palmares. Revista de história regional, v. 6, n. 1, 2007.

GOMES, Laurentino. Escravidão: do primeiro leilão de cativos de Portugal à morte de Zumbi dos Palmares. 1 ed. Rio de Janeiro: Globo Livros, 2019.

GOMES, Tatiana Emilia. Racismo fundiário: a elevadíssima concentração de terras no Brasil tem cor. Comissão Pastoral da Terra, Vozes de Mulheres, 26 mar. 2019. Disponível em: <https://cptnacional.org.br/publicacoes/noticias/artigos/4669-racismo-fundiario-a elevadissima-concentracao-de-terras-no- brasil-tem-cor>. Acesso em: 15 out. 2020.

GRAZIANO NETO, Francisco. Questão agrária e ecologia: crítica da moderna agricultura. São Paulo: Brasiliense, 1982.

IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Agropecuário 2017. Resultados definitivos. Rio de Janeiro: Ministério da Economia/IBGE, 2019.

IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Desigualdades sociais por cor ou raça no Brasil. 2019.

LEAL, Victor Nunes. Coronelismo, enxada e voto: o município e o regime representativo no Brasil. 7 ed. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 2012.

LEITE, Ilka Boaventura. Humanidades insurgentes: conflitos e criminalização dos quilombos. In: ALMEIDA, Alfredo et al. (Orgs.). Cadernos de debates Nova Cartografia Social: Territórios quilombolas e conflitos. Manaus: Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia / UEA Edições, 2010.

MARTINS, José de Sousa. O cativeiro da terra. 9 ed. São Paulo: Contexto, 2018.

MATTOS, Hebe. André Rebouças e o Pós-abolição: entre a África e o Brasil (1888-1898). In: XXVII Simpósio Nacional de História. Natal: ANPUH, jul. 2013.

MEDEIROS, Leonilde Servolo de. Reforma agrária no Brasil: História e atualidade da luta pela terra. 1a ed. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2003.

OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino. Modo de Produção Capitalista, Agricultura e Reforma Agrária. 1a ed. São Paulo: FFLCH, 2007.PRIORI, Angelo. A revolta camponesa em Porecatu. In: MOTTA, M., ZARTH, P. (Orgs.) Formas de resistência camponesa: visibilidade e diversidade de conflitos ao longo da história, v. 2: Concepções de justiça e resistência nas repúblicas do passado (1930 – 1960). São Paulo: Editora UNESP; Brasília, DF: Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural, 2009.

RIBEIRO, Vanderlei Vazelesk. Cartas ao presidente Vargas: outra forma de luta pela terra. In: MOTTA, M., ZARTH, P. (Orgs.) Formas de resistência camponesa: visibilidade e diversidade de conflitos ao longo da história, v. 2: Concepções de justiça e resistência nas repúblicas do passado (1930– 1960). São Paulo: Editora UNESP; Brasília, DF: Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural, 2009.

SANCHEZ, Isabela. Bancada ruralista já propôs 25 Projetos de Lei que ameaçam demarcação de terras indígenas e quilombolas. De Olho nos Ruralistas, 11 out. 2017. Disponível em: <https://deolhonosruralistas.com.br/2017/09/11/bancada-ruralista-ja-propos-25-projetos-de-lei-que-ameacam-demarcacao-de-terras-indigenas-e-quilombolas/>. Acesso em: 15 out. 2020.

SILVA, Simone Rezende da. A trajetória do negro no Brasil e a territorialização quilombola. Presidente Prudente: Revista NERA, ano 14, n. 19, pp. 73-89, 2011.

STF, Supremo Tribunal Federal. STF garante posse de terras às comunidades quilombolas. Notícias STF. 08 fev. 2018. Disponível em: <http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe. asp?idConteudo=369187>. Acesso em: 09 out. 2020.

TERENA, Eloy. Não começamos a existir com a Constituição. Jornal O Globo, 18 out. 2020. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/opiniao/nao-comecamos-existir-com-constituicao-24697077 >. Acesso em: 19 out. 2020.

TSE, Tribunal Superior Eleitoral. Repositório de dados eleitorais. Candidatos 2018. Disponível em: <https://www.tse.jus.br/eleicoes/estatisticas/repositorio-de-dados-eleitorais-1/>. Acesso em: 06 out. 2020.

VILAS BOAS, Lucas Guedes. Considerações sobre a concentração fundiária no Brasil. Revista Eletrônica Geoaraguaia. Barra do Garças-MT. V 8, n.1, p. 32 - 54. Janeiro/Junho, 2018.

VISENTINI, Paulo Fagundes; RIBEIRO, Luiz Dario Teixeira; PEREIRA, Analúcia Danilevicz. História da África e dos africanos. 3 ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2014.

WOOD, Charles H.; DE CARVALHO, José Alberto Magno. Categorias do censo e classificação subjetiva de cor no Brasil. Revista brasileira de estudos de população, v. 11, n. 1, p. 3-17, 1994.·.

Creative Commons License

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2021 Revista Aurora

Downloads

Download data is not yet available.