A educação para quem?

uma possível compreensão antropológica da educação multicultural

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36311/1982-8004.2019.v12n1.06.p55

Palavras-chave:

Antropologia, Educação, Etnografia

Resumo

Num mundo cada vez mais marcado pelo multiculturalismo, os educadores não podem ser somente bons técnicos, limitados a ensinar acriticamente os conhecimentos acadêmicos. Todavia, devem conhecer que, embasando qualquer prática educacional, existe um modelo de ser humano, responsável por inclinar suas ações de ensinar. Por isso, por mais que se busque amparar o processo educacional em uma didática, é preciso pensar o homem que se quer formar. Portanto, aproximar a antropologia da educação consiste em poder refletir sobre as dimensões de ser humano, uma diversidade que passa a ser uma tarefa da educação. Nesse sentido, a união entre antropologia e educação deve responder às perspectivas sociais e culturais da educação multicultural, oferecendo à educação as bases estruturais para estabelecer interações educacionais que permitam desenvolver, em plenitude, a humanidade de professor e aluno.

Recebido: 27/02/2019
Aceito: 21/06/2019

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Angelo Antonio Puzipe Papim, Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Graduado em psicologia. Mestre em educação pela UNESP. Mestrando em ciências sociais pela UNESP. E-mail: angelopapim@gmail.com.

Referências

BERTELY-BUSQUETS, M. Conociendo nuestras escuelas. Un acercamiento etnográfico a la cultura escolar. Barcelona: Paidós, 2000.

COLL, C. Psicologia genetica y aprendizajes escolares. Recopilacion de textos sobre las aplicaciones pedagogicas de la teoria de Piaget. Mexico: Siglo XXI, 1987.

DELA PEFIA, G. El aulay laférula:aproximaciones al estúdio dela educación. Zamora: El Colégio de Michoacán, 1981.

DEWEY, J. The School and Society and The Child and the Curriculum. London: University of Chicago Press, 1990.

DEWEY, J. Experience And Education. New York: Free Press, 1997.

DEWEY, J. The Sources of a Science of Education. New York: Martino Fine Books, 2013.

DEWEY, J. Democracy and Education. [S.l.]: Jovian Press , 2017.

ERNELING, C. E. Understanding Language Acquisition: The Framework of Learning. New York: Suny Press, 1993.

GIUMBELLI, E. Para além do “trabalho de campo": reflexões supostamente malinowskianas. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 17, n. 48, p. 91-107, 2002.

JAKOBSON, R. Linguística e Comunicação. 24. ed. São Paulo: Cultrix, 2007.

LEVINSON, B. A. U.; SANDOVAL-FLORES, E.; BERTELY-BUSQUETS, M. Etnografía de la educación: tendencias actuales. Revista Mexicana de Investigación Educativa, v. 12, n. 34, p. 825-840, 2007.

MALINOWSKI, B. Argonautas do Pacífico Ocidental: um relato do empreendimento e da aventura dos nativos nos arquipélagos da Nova Guiné melanésia. 2. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1978.

MOONEY, C. G. Teorías sobre la infancia, segunda edición:una introducción a Dewey, Montessori, Erikson, Piaget y Vygotsky: Theories of Childhood. 2. ed. Madrid: Redleaf Press, 2018.

NOLLA CAO, N. Etnografía: una alternativa más en la investigación pedagógica. Revista Cubana de Educación Media y Superior, Ciudad de La Habana, v. 11, n. 2, p. 107-115, 1997.

OLIVEIRA, R. C. D. O Trabalho do Antropólogo: Olhar, Ouvir, Escrever. Revista de Antropologia, v. 39, p. 13-37, 1996.

OLSON, D. R. Mind, Brain, and Culture. In: ERNELING, C. E.; JOHNSON, D. M. The Mind As a Scientific Object: Between Brain and Culture. New York: Oxford University Press, 2005.

PAPIM, A. A. P. A ação pedagógica na perspectiva vygotskyana: compreensão da linguagem no ato de ensinar e aprender. 2019.

Marília: Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília, 2019.

PEIRANO, M. Etnografia, ou a teoria vivida. Ponto Urbe, São Paulo, 06 agosto 2014, p. 1-12.

PEIRANO, M. G. S. Os Antropólogos e suas linhagens. Revista Brasileira de Ciências Sociais da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais, n. 16, p. 43-50, 1991.

PIAGET, J. O juízo moral na criança. 4. ed. São Paulo: Summus, 1994.

PIAGET, J. Os Procedimentos da Educação Moral. In: MACEDO, L. D. Cinco Estudos de Educação Moral. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1996.

PIAGET, J. Relações Entre a Afetividade e a Inteligência no Desenvolvimento Mental da Criança. São Paulo: Wak, 2014.

PUIG, J. M. A construção da personalidade moral. São Paulo: Ática, 1998.

RUEDA, M.; CAMPOS, M. A. Investigación etnográfica en educación. Ciudad de México: UNAM, 1992.

SILVA, H. R. S. A situação etnográfica: andar e ver. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, v. 15, n. 32, p. 171-188, 2009.

TORRES, J. La investigación etnográfica y la. In: GOETZ, J. P.; LECOMPTE, M. D. Etnografía y diseño cualitativo en investigación educativa. Madrid: Morata, 1988.

URIARTE, U. M. O que é fazer etnografia para os antropólogos. Núcleo de Antropologia Urbana daUSP, 1 dez. 2012. 1-13.

VALSINER, J. Culture and the development of children's actions. New York: Wiley, 1997.

VALSINER, J. Modelos psicológicos, modelos educativos. Una perspectiva histórico-cultural. In: ÁLVAREZ, A. Hacia un currículo cultural:la vigencia de Vtgotsky en educación. Madrid: Fundadón Infancia y Aprendizaje, 2006.

VALSINER, J. Constructing the internal infinity: dialogic structure of the internalization/ externalization process. International Journal of Dialogical Science, v. 2, n. 1, p. 207-221, 2007.

VALSINER, J. Fundamentos da psicologia cultural: mundos da mente. Porto Alegre: Artmed, 2012.

VALSINER, J.; VAN DER VEER, R. The social mind: construction of the idea. Cambridge: Cambridge University Press, 2000.

VAN DER VEER, R. Vygotsky:uma síntese. 7. ed. São Paulo: Loyola, 1996.

VAN DER VEER, R.; VALSINER, J. The Vygotsky reader. Cambridge: Basil Blackwell, 1994.

VAN LIER, L. The Ecology and Semiotics of Language Learning. A Sociocultural Perspective. Boston: Kluwer Academic, 2004.

VELASCO, H.; DÍAZ DE RADA, Á. La lógica de la investigación etnográfica. Un modelo de trabajo para etnógrafos de escuela. Madrid: Trotta, 2006.

VOCATE, D. R. The theory of A. R. Luria: Functions of Spoken Language in the Development of Higher Mental Processes. New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, 1987.

WACQUANT, L. Seguindo Pierre Bourdieu no campo. Revista de Sociologia e Política, Curitiba, n. 26, p. 13-29, jun. 2006.

WEBER, F. A entrevista, a pesquisa e o íntimo, ou por que censurar seu diário de campo? Horizontes Antropológicos, v. 15, n. 32, p. 157-170, 2009.

WERTSCH, J. V. Mind as action. New York: Oxford University Press, 1998.

Downloads

Publicado

2019-07-26

Como Citar

PAPIM, A. A. P. A educação para quem? : uma possível compreensão antropológica da educação multicultural. Revista Aurora, [S. l.], v. 12, n. 1, p. 55–72, 2019. DOI: 10.36311/1982-8004.2019.v12n1.06.p55. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/aurora/article/view/8749. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê