Circulação de trabalhadores dos engenhos na abolição e no pós-abolição
histórias, trajetórias e autonomia
DOI:
https://doi.org/10.36311/1982-8004.2015.v8n2.4781Palavras-chave:
Trabalhadores dos engenhos, abolição, pós-abolição., Zona da Mata Sul (PE)Resumo
Este artigo versa sobre a mobilidade geográfica experimentada pelos trabalhadores dos engenhos, antes e depois do 13 de maio de 1888. Também trata da vivência da liberdade para os ex-escravos trabalhadores dos engenhos na Mata Sul de Pernambuco, após o 13 de maio de 1888. Os processos judiciais permitem entrever fragmentos da vida dos homens que laboravam nos engenhos e observar como a experiência da liberdade ocorreu em meio a desafios para firmar-se enquanto livre e driblar a exclusão. O legado dessas experiências é difuso, mas deixou algumas pistas. Também tomamos como fonte de informação sobre o passado aqui analisado os relatos memorialísticos produzidos por ex-senhores e os processos judiciais, para tentar entrever a experiência dos libertos trabalhadores dos engenhos.
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