Resumo
O presente artigo propõe uma reflexão sobre a trajetória da escritora brasileira Carolina Maria de Jesus, contextualizando sua vida em relação à discussão sobre violência de gênero e a prática da escrita. Carolina, nascida em 14 de março de 1914, destacou-se por suas obras "Quarto de Despejo" e "Diário de Bitita", que oferecem uma visão profunda das complexidades enfrentadas por mulheres negras e marginalizadas no Brasil do século XX.
A análise do artigo destaca como as obras de Carolina Maria de Jesus se tornam um testemunho autêntico de sua experiência, tornando-se uma forma de escrita de si. A narrativa autobiográfica não apenas aborda as adversidades enfrentadas pela autora, mas também lança luz sobre as especificidades da violência de gênero em seu contexto social. Ao utilizar a escrita como meio de expressão, Carolina contribuiu para a ampliação do entendimento sobre as interseccionalidades entre raça, gênero e classe.
O trabalho também explora a escrita, praticada por Carolina Maria de Jesus, como ferramenta transformadora que questiona as estruturas sociais que perpetuam essas violências.
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