O corpo como espaço de fronteiras
os (des)arranjos das identidades e suas relações de poder
DOI:
https://doi.org/10.36311/1982-8004.2022.v15.n1.p91-114Palavras-chave:
corpo, identidades, poderResumo
Considerando as novas possibilidades de formação dos sujeitos e suas performances pautadas na transposição dos corpos, se faz necessário analisar teoricamente o modo como o corpo se constitui tal qual espaço de fronteira e de confronto com as tradicionais formas hegemônicas impositivas de valores e comportamentos. Objetiva-se problematizar o corpo como construção social e suas implicações políticas para a valorização das diferenças, versando sobre as diversas manifestações possíveis de expressão das vontades e dos desejos, constituindo-se um dos elementos de composição das identidades. Para tanto, procede-se da pesquisa bibliográfica de autoras e autores dos estudos culturais e das teorias queer para a análise do diverso, compreendendo que o corpo também é refletido dentro de um contexto histórico e cultural e também um diálogo com as reflexões propostas por Michel Foucault. Desse modo, questiona-se as fronteiras existentes entre os sujeitos, destacando as práticas associadas às identificações e seus limites na contemporaneidade, apontando para as angústias e incertezas criadas em torno das representações sociais identitárias e para a dificuldade da superação de algumas classificações relacionadas à questão biológica, visto que as diferenças quase sempre estão associadas aos corpos físicos. Com efeito, pode se concluir que os corpos são composições construídas em torno de estruturas de poder, levando a segregação e a exclusão de acordo com os aspectos sociais vigentes.
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