Abstract
O presente artigo é o resultado de uma pesquisa de mestrado sobre a questão da (re)construção (ou resgate) da identidade religiosa dos adeptos do candomblé nação angola-congo. A pesquisa foi realizada em dois terreiros do Estado de São Paulo, cujos pais-de-santo procuram resgatar a identidade afro brasiliera-bantu, tentando implantar em seus terreiros rituais de religiões africanas do norte de Angola, o que chamamos mais comumente de (re)africanização. Nossos resultados apontam para: 1) um novo tipo de relacionamento entre o candomblé angola da Bahia e o de São Paulo; 2) o fato de que a questão da (re)africanização é diferente em cada terreiro.References
BARTH, F. Grupos étnicos e suas fronteiras. In: POUTIGNAT, P; STREIFF-FENART, J. Teorias da etnicidade: seguido de grupos étnicos e suas fronteiras de Fredrik Barth. São Paulo: Editora da Unesp, 1998.
BASTIDE, R. As religiões africanas no Brasil. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1971.
BORHEIM, G. O Conceito de Tradição. In: Tradição-Contradição. Rio de Janeiro: Zahar, 1987.
BROWN, Diana. Umbanda: religion and politics in urban Brazil. New York: Columbia University Press, 1994.
BRAGA, J.S. Fuxico de candomblé: estudos afro- brasileiros. Feira de Santana: UEFS, 1988.
CANEVACCI, M. Sincretismos. São Paulo: Studio Nobel, 1996.
COHEN, A. O Homem Bidimensional.Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
FERRETTI, S. Repensando o sincretismo. São Paulo: EDUSP/FAPEMA, 1995.
FRIGERIO, A. Reafricanização em diásporas religiosas secundárias: a construção de uma religião mundial. Religião e Sociedade, 2005, n.2, v.25, pp. 136- 160.
GIDDENS, A. Mundo em descontrole: o que a globalização está fazendo de nós. Rio de Janeiro: Record, 2000.
HOBSBAWN, E; RANGER, T. A invenção das tradições. 2 ed. São Paulo, Paz e Terra, 1987.
HOFBAUER, A. De raça a identidade. Cadernos de Campo, 1997, v. 5/6, pp. 173-188.
LEPINE, C. Mudanças no candomblé de São Paulo. Religião & Sociedade, 2005, n.2, v. 25, pp. 121- 135.
LOPES, N. Bantos, malês e identidade negra. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1988.
MELO, A. V. de. A voz dos fiéis no candomblé “reafricanizado” de São Paulo. Dissertação de Mestrado – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Filosofia e Ciências, 2004.
OLIVEIRA, R. C. de. Identidade, Etnia e Estrutura Social. São Paulo: Livraria Pioneira, 1976.
PEREIRA, E. A; GOMES, N. P. de M. Inumeráves cabeças: tradições afro-brasileiras nos horizontes da contemporaneidade. Fonseca, M.N.S. (org.). Brasil afro-brasileiro. 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2001, v. 1, pp. 41-59.
POUTIGNAT, P; STREIFF-FENART, J. Teorias da etnicidade: seguido de grupos étnicos e suas fronteiras de Fredrik Barth. São Paulo: Editora da Unesp, 1998.
PRANDI, R. Os candomblés de São Paulo: a velha magia na metrópole nova. São Paulo: Hucitec/Edusp, 1991.
SANTOS, E dos. Religiões de Angola. Lisboa: Junta de Investigações de Ultramar, 1969.
SANTOS, E dos. Sobre a “medicina” e magia dos quiocos. Lisboa: Junta de Investigações de Ultramar, 1960.
SERRA, O. Águas do rei. Petrópolis: Vozes, 1995. SILVA, V.G. da. Orixás da metrópole. Petrópolis: Vozes, 1995.
TEIXEIRA, M.L.L. Candomblé e reinvenção de tradições. CAROSO, C.; BACELAR, J. (org.) Faces da tradição afro-brasileira: religiosidade, sincretismo, anti-sincretismo, reafricanização, práticas terapêuticas, etnobotânica e comida. São Paulo: Pallas/CEAO/CNPq, 1999.
VANSINA, J. A tradição oral e sua metodologia. KI- ZERBO, J. (org) História Geral da África. vol. I. São Paulo: Ática/Unesco, 1982.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2011 Revista Aurora