¿KUNS MANQ’APXA?

As experiências e estratégias sociais das populações indígenas Andinas Bolivianas em face da covid-19

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36311/1982-8004.2021.v14n1.p47-60

Palavras-chave:

Bolivia, Indígenas andinos, Crise sanitária, Crise Política

Resumo

A Bolívia é o segundo país da América Latina com maior população indígena, possui também, desde 2009, uma Constituição Plurinacional que enfatiza a existência e autodeterminação dos povos indígenas. As políticas estatais de cuidado frente à crise sanitária do SARs-CoV-2 deveriam considerar esta diversidade existente no país, mas não é o caso, o governo provisório de Jeanine Añez tem se distanciado das urgências das populações indígenas, urbanas e rurais, aplicando políticas homogêneas que não alcançam as necessidades das comunidades e dos setores indígenas urbanos, especialmente aqueles dependentes do mercado informal. O objetivo deste artigo é apresentar algumas experiências e estratégias das populações indígenas andinas da Bolívia nesta conjuntura de crise sanitária frente as ações insuficientes do governo provisório. Além disso, nos amparamos no trabalho de Pachaguaya e Terrazas (2020) para compreender as narrativas de algumas comunidades quéchuas e aymaras sobre a Covid-19, bem como nas nossas vivências na cidade de El Alto durante a pandemia.

Submetido em: 30/04/2021
Aprovado em: 20/05/2021

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Biografia do Autor

Roger Adan Chambi Mayta, Universidade Federal de Goiás - UFG

Doutorando em Direito Agrário pela Universidade Federal de Goiás. Desenvolve trabalhos nos temas de pluralismo jurídico, crítica jurídica, constitucionalismo latino-americano e direito agroambiental. É parte do grupo Aymara Colectivo Curva.

Chryslen Mayra Barbosa Gonçalves, Universidade Estadual de Campinas UNICAMP/ SP

Doutoranda em Antropologia Social pela Universidade Estadual de Campinas. Atualmente faz trabalho de campo na cidade de El Alto (Bolívia) e nas comunidades indígenas aymaras, produzindo análises sobre mestiçagem, movimentos indianistas e kataristas, economias aymaras e onto-epistemologias andinas.

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Publicado

2021-04-01

Edição

Seção

Dossiê