A manifesto for Mozambique

the third way of Ngoenha and Castiano

Authors

  • Luca Bussotti Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

DOI:

https://doi.org/10.1590/0101-3173.2022.v45esp.06.p89

Keywords:

Mozambican Philosophy, Ethics, Crisis of Values, Historicity

Abstract

Plunged into a great crisis of values, with a political class highly corrupted and unable to offer credible perspectives for its future, Mozambique saw the philosophers Ngoenha and Castiano tried to open an innovative debate, through the proposal of an ethical-political Manifesto. The Manifesto proposes a “third way” alternative to the first one (the socialist, without freedoms but with social justice), as well as to the second (the liberal, with individual freedoms formally guaranteed, but without solidarity, nor social justice), with the aim to re-build the sense of a collective national identity shaken up by the loss of a common project for the young Mozambican nation. The current article seeks to give an interpretation to the Manifesto, besides to compel its meaning, emphasizing its merits as well as pointing out its limitations, in a permanent dialogue with the Mozambican and African philosophical tradition at all. As a conclusion, the Manifesto represents one of the rare contributions, based on “historicity”, directed to think again of Mozambique, in its ethical, political and identity aspects, in an era of generalized crisis of this country.

Author Biography

  • Luca Bussotti, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

    Professor no Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Pesquisador no Centro de Estudos Avançados da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE – Brasil. Investigador no Centro de Estudos Internacionais de Lisboa (CEI-ISCTE), Lisboa – Portugal. Docente no curso de Doutorado em Paz, Democracia, Movimentos Sociais e Desenvolvimento Humano da Universidade Técnica de Moçambique (UDM), Maputo – Moçambique.

References

ANTA DIOP, C. Nations nègres et culture. Paris: Presence Africaine, 1995.

ANTHONY, K. The Meaning and Nature of African Philosophy in a Globalising World. International Journal of Humanities Social Sciences and Education, v. 1, n. 7, p. 86-94, 2014. Disponível em: https://www.arcjournals.org/pdfs/ijhsse/v1-i7/10.pdf. Acesso em: 15 nov. 2019.

ASANTE, M. K. Afrocentricity. Chicago (Illinois): African American Images, 2003.

BUANAÍSSA, E. F.; PAREDES, M. de M. Severino Ngoenha: política e liberdade no Moçambique contemporâneo. Opinião Filosófica, v. 9, n. 1, p. 5-26, 2018. Disponível em: periódico.abavaresco.com.br. Acesso em: 12 dez. 2019.

BUSSOTTI, L. Media Freedom and the “Transition” Era in Mozambique:1990-2000. In: BUSSOTTI, L.; BARROS, M.; GRATZ, T. (ed.). Media Freedom and Right to Information in Africa. Lisbon: ISCTE-IUL, 2015. p. 45-71.

BUSSOTTI, L.; NHAUELEQUE, L. A. A Invenção de uma tradição: as fontes históricas no debate entre Afrocentristas e seus críticos. História – Revista da UNESP. São Paulo, v. 37, p. 1-28, 2018. Disponível em: DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1980-4369e2018005. Acesso em: 12 dez. 2019.

CASTIANO, J. P. Referênciais da Filosofia Africana: em busca da intersubjectivação. Maputo: Ndjira, 2010.

CASTIANO, J. P. A “liberdade” do neoliberalismo: leituras críticas. Maputo: Educar, 2018.

FALOLA, T. (ed.). Africa, Volume 1: African History Before 1885. Durham, NC: Carolina Academic Press, 2018.

GUERRA HERNANDES, H. Modernidade seletiva e estado predador. Antropologia e políticas globais, v. 41, p. 201-232, 2014. Disponível em: https://journals.openedition.org/horizontes/588?lang=fr. Acesso em: 12 out. 2019.

HÁ esquadrões da morte para abater opositores, revela agente da Polícia da República de Moçambique. @Verdade, 11 mar. 2016. Disponível em: http://www.verdade.co.mz/tema-de-fundo/35-themadefundo/57164-ha-esquadroes-de-morte-para-abater-opositores-revela-agente-da-policia-da-republica-de-mocambique. Acesso em: 12 out. 2019.

LOURENÇO, V. Estado(s) e Autoridades Tradicionais em Moçambique: Análise de um Processo de Transformação Política. Lisboa: Centro de Estudos Africanos. Occasional Paper n. 14, 2012. Disponível em: https://repositorio.iscte-iul.pt/bitstream/10071/3826/1/CEA_OP_VITOR_MO%C3%87AMBIQUE_14.pdf. Acesso em: 12 out. 2019.

LUNDIN, I. A pesquisa piloto sobre a autoridade/poder tradicional em Moçambique: um somatório comentado e analisado. In: LUNDIN, I.; MACHAVA, F. (org.). Poder e Autoridade Tradicional, V. I. Maputo: MAE/NDA, 1995.

MACAMO, E. A nação moçambicana como comunidade de destino. Lusotopie, p. 355-364, 1996.

MACHEL, S. Educar o homem para vencer a guerra - criar uma sociedade nova e desenvolver a pátria. Maputo: FRELIMO, 1970.

MATSINHE, D. M.; VALOI, E. 2019. The genesis of insurgency in northern Mozambique. Pretoria: Institute for Security Studies. Disponível em: https://issafrica.s3.amazonaws.com/site/uploads/sar-27.pdf. Acesso em: 12 out. 2019.

MAZULA, B. (org.). Moçambique: eleições, democracia e desenvolvimento. Maputo, 1995.

MONDLANE, E. Lutar por Moçambique. Lisboa: Sá da Costa, 1976.

NCOMO, B.L. Uria Simango: Um Homem, Uma Causa. Maputo: Novafrica, 2003.

NGOENHA, S. Por uma dimensão moçambicana da consciência histórica. Porto: Salesianas, 1991.

NGOENHA, S. Filosofia africana: das independências às liberdades. Maputo: Imprensa Universitária, 1993.

NGOENHA, S. Os tempos da filosofia. Maputo: Imprensa Universitária, 2004.

NGOENHA, S. Samora Machel. Ícone da 1ª República. Maputo: Ndjira, 2009.

NGOENHA, S. Intercultura, alternativa à governação biopolítica? Maputo: Publifix, 2014.

NGOENHA, S.; CASTIANO, J.P. Pensamento engajado. Maputo: Educar, 2011.

NGOENHA, S.; CASTIANO, J.P. Manifesto por uma terceira via. Maputo: Real Design, 2019.

NUVUNGA, A. Políticas de eleições em Moçambique: As experiências de Angoche e Nicoadala. In: DE BRITO, L.; CASTEL-BRANCO, C. N.; CHICHAVA, S.; FRANCISCO, A. (org.). Desafios para Moçambique 2013. Maputo: IESE, 2013. p. 39-54.

PAREDES, M. de M. A construção da identidade nacional moçambicana pós-independência: sua complexidade e alguns problemas de pesquisa. Anos 90, v. 21, n. 40, p. 131-163, 2014. Disponível em: seer.ufrgs.br/anos90/article/view/46176. Acesso em: 12 out. 2019.

RENAMO acusa FRELIMO de reativar “esquadrões da morte”. Deutsche Welle, 12 nov. 2019. Disponível em: https://www.dw.com/pt-002/renamo-acusa-frelimo-de-reativar-esquadr%C3%B5es-da-morte/a-51211525. Acesso em: 12 nov. 2019.

SILVA, C. R. As eleições e a democracia moçambicana. Janus 2015-2016, p. 34-35, 2015. Disponível em: http://janusonline.pt/images/anuario2015/1.13_CarolinaSilva_DemocraciaMocambique.pdf. Acesso em: 12 nov. 2019.

SOARES, J. G.; PEREIRA, M. A. S. Ubuntuísmo: A Solidariedade Africana. Revista Litterarius, v. 15, n. 1, 2016. Disponível em: http://br60.teste.website/~fapas413/index.php/litterarius/article/viewFile/804/682. Acesso em: 12 nov. 2019.

SOUSA SANTOS, B. de. Boaventura quer verdade. Correio da Manhã, 4 set. 2004. Disponível em: https://www.google.com/amp/s/www.cmjornal.pt/cm-ao-minuto/amp/boaventura-quer-verdade. Acesso em: 12 nov. 2019.

THOMAZ, O. “Escravos sem dono”: a experiência social dos campos de trabalho em Moçambique no período socialista. Revista de Antropologia, v. 51, 2008. Disponível em: DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-77012008000100007. Acesso em: 12 out. 2019.

TRANSPARÊNCIA INTERNACIONAL. Índice de Percepção da Corrupção 2019. Disponível em: https://ipc.transparenciainternacional.org.br/?gclid=EAIaIQobChMImruPl4Gq5wIVk4aRCh0HNwBEEAAYASAAEgLfp_D_BwE. Acesso em: 25 fev. 2019.

Recebido: 06/3/2020 - Aceito: 11/7/2020

Published

2022-01-06 — Updated on 2022-06-23

How to Cite

A manifesto for Mozambique: the third way of Ngoenha and Castiano. (2022). Trans/Form/Ação, 45(Special Issue 2), 89-108. https://doi.org/10.1590/0101-3173.2022.v45esp.06.p89