A ideia de composição nos Salões de Diderot
DOI:
https://doi.org/10.1590/0101-3173.2021.v44n2.03.p33Palavras-chave:
Diderot, Greuze, Vernet, Sublime, Unidade, Variedade.Resumo
O artigo examina a noção de “unidade na variedade” na filosofia e crítica de arte de Diderot. Em diálogo com os ensaios publicados na coletânea intitulada Esthétiques de Diderot, de 2015, na qual vários especialistas examinam a atualidade da estética materialista do filósofo, este artigo aproxima as noções de unidade apresentadas na Enciclopédia com os usos e sentidos do termo nos Salões. Pretende-se mostrar como Diderot rompe gradativamente com a epistemologia clássica ao pensar a obra com uma unidade instável, ligada ao tempo e que se constitui apenas no fazer da obra; especificamente, pretende-se ressaltar o tratamento dado à variedade nas obras de Greuze e Vernet, procedimento que aproxima a crítica de arte de Diderot de elementos modernos, tais como os conceitos de sublime e de autonomia da arte, os quais indiciam a relevância da sua filosofia da arte.
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Recebido: 05/8/2020 - Aceito: 07/9/2020
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- 30-05-2023 (4)
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