Concepções de deficiência em universitários em dois países politicamente distintos: Cuba e Brasil
DOI:
https://doi.org/10.36311/2358-8845.2018.v5n1.08.p95Palavras-chave:
Concepção, Deficiência, UniversidadeResumo
O trato com o fenômeno deficiência está atrelado às especificidades ideológicas, significadas pela sociedade. Nessa direção, analisar como contextos político-econômicos bem distintos, Cuba e Brasil, se posicionam a respeito se configurou objeto central deste estudo. O primeiro representado por uma república socialista, com um sistema de organização interna centralizado no modelo marxista-leninista comunista, e o segundo caracterizado pelo modo sistema capitalista, numa perspectiva produtivista. O objetivo do estudo foi identificar levantar os conceitos de deficiências nos dois países e investigar as concepções de deficiência, utilizando a Escala de Concepção de Deficiência – ECD, em dois grupos de universitários, comparando os achados. Participaram do estudo 272 universitários cubanos e 344 brasileiros. As análises dos dados identificaram dados descritivos semelhantes entre as amostras. Pela análise das medianas, evidencia-se que no Brasil há uma tendência de concordar com enunciados que relacionados a uma interpretação histórico-cultural da deficiência, seguida da social. Em Cuba, a tendência foi acordar com enunciados que concebem a deficiência como um fenômeno social, seguida igualmente da interpretação biológica e histórico-cultural. Ambos contextos indicaram baixa concordância com enunciados que implicam em conceber a deficiência como um fenômeno metafísico. Destacar concepções de universitários sobre a deficiência é interessante na medida que traz para o debate científico como futuros profissionais se posicionam diante desse grupo social e ainda pode indicar como a universidade tem trabalho questões referentes a esse grupo social.
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