Mitos sobre a surdez no imaginário de alunos jovens e adultos de uma escola inclusiva bilíngue
DOI:
https://doi.org/10.36311/2358-8845.2021.v8n1.p143-154Palavras-chave:
Educação de Surdos, Língua Brasileira de Sinais (Libras), SurdezResumo
Atualmente se tornam cada vez mais frequentes na sociedade discussões envolvendo a surdez e o sujeito surdo em diversos ambientes. Ainda assim, mesmo com maior abordagem do assunto e até mesmo a presença de surdos em ambientes inclusivos, há por parte da população geral desconhecimento em diversas questões que são permeadas por mitos frequentemente difundidos e que envolvem o sujeito surdo e suas especificidades, criando um senso comum errôneo. Nesse contexto, o presente artigo propõe relatar e discutir tais questões por meio de uma atividade realizada em uma escola municipal de Campinas, tendo como objetivo a investigação dos conhecimentos de estudantes ouvintes acerca da surdez e do sujeito surdo, com a discussão e desconstrução dos principais mitos que envolvem essa temática. Também é desenvolvida a discussão sobre o papel da inclusão na modificação de visão e conhecimentos que alunos ouvintes têm sobre o sujeito surdo e a surdez. Os resultados obtidos indicam que apenas inserir alunos surdos em sala de aula, não promove, necessariamente, uma mudança conceitual nos alunos ouvintes sobre a experiência de ser surdo ou sobre a língua de sinais. É preciso que a gestão e o corpo docente se mobilizem na tarefa de proporcionar situações em que os surdos assumam um posicionamento de protagonismo em sala de aula e na escola a fim de compartilhar as diferenças e potencialidades do sujeito surdo e também promover familiaridade sobre a língua brasileira de sinais, sobrepondo os mitos comumente difundidos e que são, de maneira errônea, frequentemente assumidos como verdadeiros.
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