O papel das redes sociais nas eleições municipais em época de pandemia
monitoramento do Facebook das candidatas ao cargo de vereadora em Rio Grande da Serra - SP
DOI:
https://doi.org/10.36311/1982-8004.2022.v15.n1.p27-48Palavras-chave:
Representação feminina, Campanha eleitoral, Redes sociais, Eleições municipais, Eleições e pandemiaResumo
A sub-representação feminina, presente em diversas esferas de poder da sociedade brasileira, agrava-se no legislativo municipal. Para entender a persistência da ausência de mulheres no poder local, escolheu-se estudar o caso das candidatas à vereança no município de Rio Grande da Serra – SP, a partir da hipótese de que, no contexto da pandemia da COVID-19, as campanhas virtuais seriam estratégicas para aumentar a competitividade das candidaturas femininas no município. O artigo apresenta os resultados do acompanhamento das campanhas virtuais, por meio dos perfis e páginas de Facebook e Instagram das 77 candidatas ao cargo de vereadora do município de Rio Grande da Serra, durante as eleições municipais de 2020. A pesquisa contou com um monitoramento diário para agrupamento de informações e uma posterior análise em detrimento do resultado da urna. Procura-se entender a influência das redes sociais para o sucesso das candidaturas femininas no legislativo municipal. Como os resultados demonstram, as plataformas virtuais tendem mais a reproduzir desigualdades do que compensá-las. Apesar do contexto da pandemia da COVID-19, a campanha presencial ainda se coloca como central no alcance de votos. Adicionalmente, não é possível identificar candidaturas fraudulentas apenas pela campanha virtual. Percebe-se também que a pluralidade de fatores nos entraves à entrada de mulheres na política não se limita à categoria gênero, relacionando-se também pela questão da raça/etnia. Ao final do processo eleitoral, considerando a eleição de uma Câmara Municipal inteiramente masculina, pode-se afirmar que o ambiente virtual teve baixo desempenho para a eleição de mulheres.
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