O papel das redes sociais nas eleições municipais em época de pandemia

monitoramento do Facebook das candidatas ao cargo de vereadora em Rio Grande da Serra - SP

Autores

  • Laura Cazarini Trotta UFSCar
  • Carolina Gabas Stuchi UFABC
  • Clara Vinholi Araújo UFABC
  • Gabriela Paula Silva Alves UFABC
  • Ana Beatriz Aquino UFABC

DOI:

https://doi.org/10.36311/1982-8004.2022.v15.n1.p27-48

Palavras-chave:

Representação feminina, Campanha eleitoral, Redes sociais, Eleições municipais, Eleições e pandemia

Resumo

A sub-representação feminina, presente em diversas esferas de poder da sociedade brasileira, agrava-se no legislativo municipal. Para entender a persistência da ausência de mulheres no poder local, escolheu-se estudar o caso das candidatas à vereança no município de Rio Grande da Serra – SP, a partir da hipótese de que, no contexto da pandemia da COVID-19, as campanhas virtuais seriam estratégicas para aumentar a competitividade das candidaturas femininas no município. O artigo apresenta os resultados do acompanhamento das campanhas virtuais, por meio dos perfis e páginas de Facebook e Instagram das 77 candidatas ao cargo de vereadora do município de Rio Grande da Serra, durante as eleições municipais de 2020. A pesquisa contou com um monitoramento diário para agrupamento de informações e uma posterior análise em detrimento do resultado da urna.  Procura-se entender a influência das redes sociais para o sucesso das candidaturas femininas no legislativo municipal. Como os resultados demonstram, as plataformas virtuais tendem mais a reproduzir desigualdades do que compensá-las. Apesar do contexto da pandemia da COVID-19, a campanha presencial ainda se coloca como central no alcance de votos. Adicionalmente, não é possível identificar candidaturas fraudulentas apenas pela campanha virtual. Percebe-se também que a pluralidade de fatores nos entraves à entrada de mulheres na política não se limita à categoria gênero, relacionando-se também pela questão da raça/etnia. Ao final do processo eleitoral, considerando a eleição de uma Câmara Municipal inteiramente masculina, pode-se afirmar que o ambiente virtual teve baixo desempenho para a eleição de mulheres.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Laura Cazarini Trotta, UFSCar

Doutoranda em Ciência Política pela UFSCar, mestre em Políticas Públicas pela UFABC, graduada em Relações Internacionais pela PUC Minas e Tecnologia em Gestão Pública pela UEMG.  

Carolina Gabas Stuchi, UFABC

Doutora em Direito do Estado pela USP. Professora de Direito e Políticas Públicas da UFABC.

Clara Vinholi Araújo, UFABC

Graduanda em Ciências e Humanidades pela UFABC. Bolsista de Iniciação Científica no PIBIC da UFABC.

Gabriela Paula Silva Alves, UFABC

Graduanda no Bacharelado de Ciências e Humanidades pela UFABC. Bolsista de Iniciação Científica no PIBIC da UFABC.

Ana Beatriz Aquino, UFABC

Graduanda em Ciências e Humanidades e Relações Internacionais pela UFABC. Bolsista de Iniciação Científica pelo PDPD da UFABC.

Downloads

Publicado

2022-10-18

Edição

Seção

Dossiê