A luta por soberania epistêmica no Sul
uma homenagem a Sam Moyo
DOI:
https://doi.org/10.36311/2675-3871.2021.v2n4.p384-417Palavras-chave:
Sam Moyo, Sul agrário, Pan-africanismoResumo
A presente homenagem a Sam Moyo traz à tona a sua trajetória na tradição Pan-Africanista de economia política e na construção de uma nova dinâmica intelectual autônoma entre África, Ásia, América Latina e Caribe. Nascido no Zimbábue sob o regime colonial rodesiano, iniciou os seus estudos na África do Oeste nos anos 1970, onde obteve a sua duradoura orientação epistemológica pautada na libertação nacional. Ali se consolidava à época um pensamento autóctone do materialismo histórico e lançavam-se importantes iniciativas de colaboração tricontinental inspiradas no movimento de Bandung. Nas décadas seguintes, na época neoliberal, Sam se tornou referência mundial em questões agrárias e fundiárias, destacando-se na sua defesa do campesinato africano e da reforma agrária no Zimbábue. Sempre fiel à libertação dos povos do continente e do Sul, a sua abordagem integrava uma vasta gama de questões relativas ao desenvolvimento sem restrições disciplinares, fazendo de sua missão nada menos que a transformação das ciências sociais herdadas do colonialismo. Foi fundador de diversas iniciativas e instituições de pesquisa no Zimbábue, no continente e no Sul, sendo eleito presidente do Conselho para o Desenvolvimento da Pesquisa em Ciências Sociais em África (CODESRIA) em 2008-2011 e tendo protagonizado na construção da rede tricontinental Sul Agrário (Agrarian South).
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