Linguagem e denúncia da interioridade em Nietzsche e nas Investigações Filosóficas de Wittgenstein

Autores

  • Saulo Krieger Unicentro

DOI:

https://doi.org/10.1590/0101-3173.2022.v45n1.p193

Palavras-chave:

Signos, Vontade de potência, Interpretação, Uso, Regras

Resumo

O presente artigo pretende trazer à luz a convergência entre dois modos divergentes de superação do paradigma por excelência da filosofia moderna, qual seja, o da interioridade do sujeito, como pedra de toque epistemológica. Mais precisamente, pretende-se evidenciar o rito de passagem de um filosofar moderno para o contemporâneo, segundo a vertente que se convencionou chamar de “filosofia continental”, a aqui ser visitada com Nietzsche – equacionada a uma hermenêutica –, e a “filosofia analítica” ou “anglo-saxônica”, a aqui ser visitada com o Wittgenstein dos §§ 143-178 das Investigações filosóficas –, equacionada a uma filosofia da linguagem. Em um e outro caso, cada qual à sua maneira, vai se pôr em questão o que até então se tinha como consciência pensante,
transparente a si mesma e com acesso a seus próprios fundamentos e conteúdos (Nietzsche), ou, então, uma interioridade, a qual, por um viés o mais das vezes mentalista, associa significado a entidades ou processos mentais (Wittgenstein). Desse modo, sujeito e pensamento, em vez de tomados por núcleos duros, passam a ser desvelados como funções das condições que os suscitam – de sobrevivência, no caso de Nietzsche, de condições práticas, ou seja, do uso, no caso de Wittgenstein.

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Received: 07/01/2021 - Approved: 03/3/2021

Publicado

17-02-2022 — Atualizado em 22-06-2022

Edição

Seção

Artigos e Comentários

Como Citar

KRIEGER, Saulo. Linguagem e denúncia da interioridade em Nietzsche e nas Investigações Filosóficas de Wittgenstein. Trans/Form/Ação, Marília, SP, v. 45, n. 01, p. 193–214, 2022. DOI: 10.1590/0101-3173.2022.v45n1.p193. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/11419.. Acesso em: 23 nov. 2024.