O homem e a técnica em Bernard Stiegler
DOI :
https://doi.org/10.1590/0101-3173.2021.v44dossier.09.p163Mots-clés :
Hipomnemata, Linguagem, Entropia, PharmakonRésumé
A filosofia da técnica de Bernard Stiegler mostra o caráter intrinsecamente trágico da evolução tecnológica, mas defende que é possível explorar a natureza ambivalente ou farmacológica dos instrumentos técnicos. Num primeiro momento, acompanha-se o seu percurso argumentativo, destacando o papel por ele atribuído aos instrumentos em geral na abertura da temporalidade extática, assim como o estatuto singular das técnicas de registo “ortotético”, como condição simultaneamente desestabilizadora e possibilitadora de uma consciência histórica e hermenêutica. Num segundo momento, mostra-se o que Stiegler considera ser o pharmakon fundamental do Antropoceno e a centralidade da questão da entropia e da neguentropia, para pensar uma possível saída para a catástrofe ambiental. Num terceiro momento, examina-se a crítica de Stiegler ao transumanismo e a sua proposta de uma negociação e composição entre a tradição humanista e o desenvolvimento tecnológico.
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Recebido: 08/01/2021 - Aceito: 25/2/2021
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© TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia 2021
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