Assimetria entre verdade e falsidade e a fecundidade da falsidade

Autores

  • César Augusto Battisti UNIOESTE

DOI:

https://doi.org/10.1590/0101-3173.2024.v47.n1.e0240074

Palavras-chave:

Comportamento assimétrico da falsidade, Dissociação entre critério e campo de validade, Demonstração versus dedução, Assimetria e método hipotético-dedutivo, Falibilismo

Resumo

OO objetivo do artigo é evidenciar quão fecunda é a falsidade, no âmbito de sua posição assimétrica com a verdade. O núcleo da discussão pode ser sintetizado por meio da seguinte afirmação: se de verdades só se podem tirar verdades, não é possível dizer que a verdade não possa ser tirada da falsidade. A tese central do texto é a de que o comportamento assimétrico da falsidade promove a dissociação entre critério (pautado na conservação da verdade) e campo de validade, de modo que este último, mais amplo que o primeiro, incorpore o movimento, não só da verdade para a verdade, mas também de falsidade para a falsidade e, principalmente, de falsidade para verdade. A distinção entre os campos simétrico e assimétrico permite compreender, por exemplo, a emergência de certas falácias lógicas, a separação entre demonstração e dedução, a tese do falibilismo popperiano e o uso do método hipotético-dedutivo. A verdade, definitivamente, não tem funções análogas às da falsidade. objetivo do artigo é evidenciar o quanto é fecunda a falsidade no âmbito de sua posição assimétrica com a verdade. O ponto central aqui proposto pode ser sintetizado pela afirmação aristotélica que diz mais ou menos isto: “se da verdade só se pode tirar a verdade, da falsidade, por outro lado, pode-se tirar não só o falso, mas também o verdadeiro” (Prim. Anal., II, 2, 53b 6-8). A distinção entre os campos simétrico e assimétrico é rica em consequências, nos permitindo compreender, por exemplo, a emergência de certas falácias lógicas e a separação entre demonstração e dedução, bem como a tese do falibilismo popperiano e o uso do método hipotético-dedutivo em geral. Dentro desse quadro, a verdade, definitivamente, não tem funções análogas às da falsidade.

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Biografia do Autor

  • César Augusto Battisti, UNIOESTE

    Docente do Curso de Filosofia e do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Toledo, PR – Brasil. https://orcid.org/0000-0001-9259-5563.

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Recebido: 11/07/2023 - Aceito: 08/09/2023 - Publicado: 13/02/2024

Publicado

08-02-2024

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

BATTISTI, César Augusto. Assimetria entre verdade e falsidade e a fecundidade da falsidade. Trans/Form/Ação, Marília, SP, v. 47, n. 1, p. e0240074, 2024. DOI: 10.1590/0101-3173.2024.v47.n1.e0240074. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/14848.. Acesso em: 3 nov. 2024.