Desenvolvimento como farsa e a saída decolonial

Autores

  • Nathan Santos Instituto de Economia/UNICAMP
  • Marcela Darido Instituto de Economia - Unicamp

DOI:

https://doi.org/10.36311/2675-3871.2021.v2n5.p133-157

Palavras-chave:

desenvolvimento, teorias decoloniais, América Latina

Resumo

Este artigo recupera o debate sobre a concepção de desenvolvimento, contraposta por teorias decoloniais latinoamericanas. A América constituiu o lócus privilegiado para a continuidade das relações coloniais de subserviência no capitalismo. Ao serem destituídos os poderes imperiais e metropolitanos nas ex-colônias, os processos de independência deflagraram o desenvolvimento do capitalismo para além da Europa. Junto às relações de produção do assalariamento e propriedade privada, os padrões de consumo e a consolidação dos Estados-Nação modernos no Novo Mundo, instaurou-se a cosmovisão capitalista. Uma história unilinear, um único modo de viver e somente um padrão de produção de conhecimento e organização social. Defendemos, pois, que ao invés de objetivo, o desenvolvimento é uma farsa que constrangeu o pensamento econômico e social na América Latina à reprodução inacabada, imperfeita e colonial da civilização burguesa eurocêntrica. A superação de tal farsa reside na decolonização do saber e na práxis revolucionária.

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Biografia do Autor

  • Nathan Santos, Instituto de Economia/UNICAMP

    Doutorando em desenvolvimento econômico pelo IE/Unicamp e mestre em Ciências Econômicas pela Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS. | nathan.santos08@gmail.com

  • Marcela Darido, Instituto de Economia - Unicamp

    Graduada em Educação Física pela Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo. Mestranda em Desenvolvimento Econômico pelo Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas.

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Publicado

28.08.2021

Como Citar

SANTOS, Nathan; DARIDO, Marcela. Desenvolvimento como farsa e a saída decolonial. Revista Fim do Mundo, Marília, SP, v. 2, n. 5, p. 133–157, 2021. DOI: 10.36311/2675-3871.2021.v2n5.p133-157. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/RFM/article/view/11125.. Acesso em: 14 nov. 2024.