Desenvolvimento como farsa e a saída decolonial
DOI:
https://doi.org/10.36311/2675-3871.2021.v2n5.p133-157Palavras-chave:
desenvolvimento, teorias decoloniais, América LatinaResumo
Este artigo recupera o debate sobre a concepção de desenvolvimento, contraposta por teorias decoloniais latinoamericanas. A América constituiu o lócus privilegiado para a continuidade das relações coloniais de subserviência no capitalismo. Ao serem destituídos os poderes imperiais e metropolitanos nas ex-colônias, os processos de independência deflagraram o desenvolvimento do capitalismo para além da Europa. Junto às relações de produção do assalariamento e propriedade privada, os padrões de consumo e a consolidação dos Estados-Nação modernos no Novo Mundo, instaurou-se a cosmovisão capitalista. Uma história unilinear, um único modo de viver e somente um padrão de produção de conhecimento e organização social. Defendemos, pois, que ao invés de objetivo, o desenvolvimento é uma farsa que constrangeu o pensamento econômico e social na América Latina à reprodução inacabada, imperfeita e colonial da civilização burguesa eurocêntrica. A superação de tal farsa reside na decolonização do saber e na práxis revolucionária.
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