Entrevista: Maria Sylvia de Carvalho Franco
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0101-31732011000300007Abstract
Parece-me que o melhor, como resposta, é reconstituir um pouco a atmosfera intelectual dos anos 50 e 60. Havia a preocupação de estabelecer, entre nós, a sociologia e a antropologia como disciplinas cientí? cas autônomas e rigorosas, afastando-se tudo o que se considerava “impressionista” na discussão metodológica, tudo o que pudesse parecer menos técnico. Havia um esforço decidido para transformar as ciências sociais no Brasil em um saber positivo, desprezando-se seus aspectos humanísticos. Esta orientação de? niu-se como crítica a “cultura de bacharel”, encarada com descon? ança, vista como retórica, super? cial, bombástica, burocrática. Suponhamos que assim fosse: em vez de se procurar corrigir as super? cialidades ou lacunas dessa vertente do saber, o que se fez foi desvaloriza-la e elimina-la dos quadros acadêmicos. Por isto mesmo, os argumentos acima, hoje, me soam algo duvidosos, menos determinados pelo caráter dos conhecimentos em causa, que pelo interesse em anulá-los.Downloads
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Pubblicato
2011-07-26
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Come citare
TRANS/FORM/AÇÃO, Revista. Entrevista: Maria Sylvia de Carvalho Franco. TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia, Marília, SP, v. 34, 2011. DOI: 10.1590/S0101-31732011000300007. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/1063.. Acesso em: 23 nov. 2024.