FANTASMAS DE REALISMO NA OBRA DE J. M. COETZEE
DOI :
https://doi.org/10.1590/S0101-317320160004000011Mots-clés :
J.M.Coetzee, Pensamento ético de substituição, Diário de um Mau Ano, Realismo modernista.Résumé
Com um estilo sóbrio e minimalista, a prosa literária de J. M. Coetzee é um espaço criativo onde diferentes identidades literárias são constantemente baralhadas e uma perigosa sobreposição de alter-egos é sistematicamente ensaiada. Pensando sobre todas essas nuances, filósofos contemporâneos a trabalhar sobre a obra do escritor sul-africano têm descrito o seu trabalho como “realista-modernista’. Neste artigo, discuto uma obra específica de Coetzee (Diário de um Mau Ano) – focando sobretudo a estranha técnica gráfica da tripartição da página em três vozes literárias e a respectiva relação com a ideia de “pensamento ético de substituição” –, confrontando-a com a sua obra como um todo. Num segundo momento, apresento um modelo filosófico para explicar o seu “realismo modernista” e termino traçando o impacto desse modelo filosófico sobre a própria filosofia que o apresenta.
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© TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia 2016
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