A concepção neofregeana de proposição em Mente e Mundo, de J. McDowell
DOI:
https://doi.org/10.1590/0101-3173.2020.v43n4.14.p231Palavras-chave:
Pensamento singular, Percepção, John McDowell, FregeResumo
A epistemologia tradicional trata de certas questões, como a justificação de crenças empíricas, em um viés cartesiano representacionalista, o qual distingue conceitos e experiência em diferentes domínios metafísicos. Mas, desse modo, torna-se difícil explicar como a percepção pode ter um papel normativo no processo de justificação do nosso conhecimento sobre o mundo. A solução recomendada por McDowell, em Mente e Mundo, é considerar que a percepção envolve capacidades conceituais e que ela provê um acesso direto aos objetos da realidade externa. Além disso, McDowell endossa a teoria proposicional neofregiana de Evans, que, em parte, explica como o conteúdo da experiência pode ser estruturado, de sorte a atender ao empirismo mínimo. O presente artigo objetiva analisar as implicações da semântica neofregiana de McDowell para o projeto filosófico delineado em Mente e Mundo. Argumenta-se que essa conexão entre a teoria conceitualista da percepção e a teoria semântica dos sentidos de re suporta o disjuntivismo epistemológico, que visa a escapar ao problema cético.
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