Heidegger e Foucault, críticos da modernidade: humanismo, técnica e biopolítica
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0101-31732006000200008Palavras-chave:
Foucault, Heidegger, modernidade,Resumo
Discute-se o diagnóstico crítico da Modernidade proposto por Heidegger e Foucault enfatizando as suas continuidades. Em linhas gerais, pode-se afirmar que, em Heidegger, é a reflexão filosófica que se assume enquanto essencialmente histórica, ao passo que, para Foucault, é a investigação essencialmente histórica que assume o caráter de reflexão filosófica. No entanto, ainda que a partir de démarches teóricas distintas, ambos consideram que a compreensão a respeito de quem somos, hoje, depende de uma análise da constituição da modernidade como época histórica determinada pelo humanismo, isto é, pela concepção do homem como senhor da totalidade do ente (Heidegger) e pela concepção do homem como sujeito e objeto de relações de poder-saber (Foucault). Tal mutação epocal na concepção do humano foi decisiva para a liberação da revolução científica que culminou na técnica moderna e na biopolítica. Se, como afirma Foucault, a biopolítica é a política de nosso tempo, ou seja, de uma época que politizou o fenômeno da vida por meio de sua gestão técnico-administrativa, então a técnica moderna, que implica a concepção do homem como sujeito assujeitado pela tecnologia, constitui a instância por meio da qual a vida humana pode ser simultaneamente produzida e aniquilada por meios científicosDownloads
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Publicado
01-12-2006
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Artigos e Comentários
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Como Citar
DUARTE, André. Heidegger e Foucault, críticos da modernidade: humanismo, técnica e biopolítica. Trans/Form/Ação, Marília, SP, v. 29, n. 2, p. 95–114, 2006. DOI: 10.1590/S0101-31732006000200008. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/916.. Acesso em: 2 dez. 2024.