Hannah Arendt e a modernidade: esquecimento e redescoberta da política

Autores

  • André Duarte

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0101-31732001000100017

Palavras-chave:

Arendt, modernidade, política, Nietzsche, Heidegger.

Resumo

Para Hannah Arendt, a modernidade configura um período histórico de obscurecimento das determinações políticas democráticas, pois, onde a política não foi reduzida ao plano da violência, como no caso dos fenômenos totalitários, ela foi reduzida ao plano da administração burocrática dos interesses econômicos da sociedade. Neste artigo, pretendo discutir a constituição argumentativa desse diagnóstico, referindo-o à sua raiz de inspiração, isto é, as críticas de Nietzsche e Heidegger à modernidade. Finalmente, procuro demonstrar que Arendt não se limitou a uma concepção negativa das possibilidades políticas modernas, pois vislumbrou nos modernos eventos revolucionários a possibilidade de uma revitalização da política em suas determinações democráticas originárias, dado que aí se restabeleceram os laços entre a ação política, a liberdade e a felicidade pública.

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Publicado

01-01-2001

Edição

Seção

Artigos e Comentários

Como Citar

DUARTE, André. Hannah Arendt e a modernidade: esquecimento e redescoberta da política. Trans/Form/Ação, Marília, SP, v. 24, n. 1, p. 249–272, 2001. DOI: 10.1590/S0101-31732001000100017. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/838.. Acesso em: 18 nov. 2024.