O Empirismo Construtivo e o argumento de Musgrave

um problema ou um pseudoproblema?

Autores

Palavras-chave:

empirismo construtivo, observabilidade, política epistêmica, problema de Musgrave, van Fraassen

Resumo

Em 1985, Alan Musgrave levantou uma séria objeção contra a possibilidade, por parte de um empirista construtivo, de traçar de maneira coerente a distinção – crucial para ele – entre observáveis e inobserváveis. Em sua sucinta resposta, no mesmo ano, Bas van Fraassen afirmou que o argumento de Musgrave funciona somente no interior da chamada ‘abordagem sintática’ das teorias, porém perde sua força no contexto da ‘visão semântica’. Mas isso não é suficiente, segundo F. A. Muller, que publicou dois artigos (2004 e 2005) com o objetivo de estender a política epistêmica do empirismo construtivo. Para tanto, Muller propôs uma caracterização rigorosa da observabilidade, que só pode ser realizada utilizando a lógica modal. O resultado foi uma nova política epistêmica (mais ampla) para o empirismo construtivo, que o próprio van Fraassen aparentemente endossou (cf. Muller & van Fraassen 2008). Neste artigo será mostrado que, todavia, a política epistêmica emendada de Muller é supérflua. Ademais, e sobretudo, o argumento de Musgrave parece, na verdade, ser um pseudoproblema.

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Biografia do Autor

Alessio Gava, Universidade Estadual do Paraná – campus Apucarana

Professor de Matemática junto à Universidade Estadual do Paraná – campus Apucarana; Mestre e Doutor em Lógica e Filosofia da Ciência pela UFMG; formado em Física pela “Università di Trieste” (Itália).

Publicado

31-12-2018 — Atualizado em 13-02-2023

Como Citar

Gava, A. (2023). O Empirismo Construtivo e o argumento de Musgrave: um problema ou um pseudoproblema?. TRANS/FORM/AÇÃO: Revista De Filosofia Da Unesp, 41(4), 177–204. Recuperado de https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/6890

Edição

Seção

Artigos e Comentários