Equilíbrio reflexivo e prudência:
um processo de deliberação
DOI:
https://doi.org/10.1590/0101-3173.2023.v46n1.p59Palavras-chave:
Equilíbrio reflexivo, Prudência, Deliberação Moral, Conhecimento MoralResumo
O objetivo central deste artigo é propor a inclusão da expertise de um agente prudente no procedimento do equilíbrio reflexivo, adicionando uma disposição para identificar crenças razoáveis que seriam vistas como o ponto de partida do método, o que poderia evitar as críticas de conservadorismo e subjetivismo. Para tanto, inicio analisando as características centrais do método e suas principais fraquezas. Após, investigo as características da prudência como uma disposição para identificar os meios adequados para realizar um fim bom. De posse disto, aplico a prudência no procedimento, de forma que ele será executado por um agente que bem delibera, identificando crenças morais razoáveis e, depois, deve-se justificá-las a partir de sua coerência com os princípios éticos e com as crenças factuais de teorias científicas relevantes. Por fim, defendo que este processo deliberativo é consistente com o pluralismo ético e com a democracia, podendo ser tomado como um tipo de conhecimento moral.
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Recebido: 19/01/2022 - Aceito: 08/07/2022
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