“Não havia malmequeres”
a filosofia afrodescendente e a liberdade como responsabilidade mútua
DOI:
https://doi.org/10.36311/2675-3871.2023.v4n9.p261-273Palavras-chave:
Toni Morrison, Liberdade, Individualidade, FilosofiaResumo
A liberdade individual (freedom) aparece no pensamento liberal Ocidental como o valor supremo da vida cívica, social e política. Nessa corrente intelectual, a liberdade é entendida como o direito de agir desenfreadamente e como o descompromisso do sujeito central do mundo Euromoderno, o indivíduo. Aqui, examinamos o romance Olhos Azuis de Toni Morrison e suas reflexões perspicazes sobre a liberdade como valor e como prática. O personagem Cholly Breedlove, especificamente, nos fornece um ponto de entrada para uma crítica dinâmica das noções liberais de liberdade e individualidade. Em vez de centralizar o sujeito individual, Morrison articula uma visão de liberdade que reside no processo coletivo e participativo da comunidade, chamando nossa atenção para a interação entre liberdade e responsabilidade mútua. Como ela declarou em um discurso de 1979 no Barnard College, "a função da liberdade é libertar outra pessoa". Esse aforismo precede uma formulação filosófica mais ampla e substantiva: a liberdade como responsabilidade mútua.
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