A DUPLA NATUREZA DO CENTAURO E A LUTA DE CLASSES NO BRASIL

Autores

  • Anita Helena Schlesener
  • Gilson Mezarobba
  • Tatiani Maria Garcia de Almeida

DOI:

https://doi.org/10.36311/2526-1843.2021.v6n8.p18-32

Palavras-chave:

Hegemonia. Luta de classes. Filosofia da práxis

Resumo

Este artigo parte da metáfora do Centauro maquiavélico para desenvolver algumas reflexões sobre a crise orgânica vivida no Brasil nesta segunda década do século XXI. O referencial teórico se concentra na obra de Antonio Gramsci, tendo como base o conceito de hegemonia para explicitar características da luta de classes, renovada em suas novas dimensões políticas e ideológicas. Na primeira parte retomamos dados históricos explicitando as políticas imperialistas e as novas características da luta de classes, principalmente com a acentuação do fascismo. Em seguida, abordamos a questão da hegemonia expressa no equilíbrio entre força e consenso, mas também como superação da violência pela civilidade, fator acentuado por Maquiavel na política aconselhada ao Príncipe.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

BAUDELAIRE, Charles. Ultimi Scritti. Milano: Feltrinelli, 1995.

BENJAMIN, Walter. Teses sobre o conceito de história. Tradução de Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo, Brasiliense, 1987.

FRESU, Giovanni. Nas trincheiras do ocidente: lições sobre o fascismo e o antifascismo. UFPR: Ponta Grossa-PR, 2017.

GRAMSCI, Antonio. Socialismo e Fascismo – L’Ordine Nuovo 1921-1922. Torino: Einaudi,1978.

GRAMSCI, Antonio. Cadernos do Cárcere: Maquiavel: Notas sobre o Estado e a Política. Vol. 3. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.

GRAMSCI, Antonio. Quaderni del Carcere. Torino Einaudi, 1978b.

LENIN, V. O Imperialismo: fase superior do capitalismo. São Paulo: Global Editora, 1979.

MARIÁTEGUI, José Carlos. As Origens do Fascismo. Organizador: Luiz Bernardo Pericás.

São Paulo: Alameda, 2010.

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A Ideologia Alemã: Crítica da mais recente filosofia alemã em seus representantes Feuerbach, B. Bauer e Stirner, e do socialismo alemão em seus diferentes profetas (1845 – 1846). Supervisão editorial: Leandro Konder. Tradução: Rubens Enderle; Nélio Schneider; Luciano Cavini Martorano. São Paulo: Boitempo, 2007.

MEZAROBBA, Gilson. Imperialismo e Educação: a relação entre a educação pública e as fundações e institutos empresariais no Brasil (1990-2014). Tese de doutorado, UTP: Curitiba, 2017.

MORDENTI, Raul. Gramsci e la rivoluzione italiana. Roma: Riuniti, 2007.

PACHECO, Cristina Carvalho. Os combatentes inimigos e o governo Bush: o papel da suprema corte na política externa do governo Bush (2001-2008). In: KOERNER, A., org. Política e direito na suprema corte norte-americana: debates teóricos e estudos de caso [online]. Ponta Grossa: Editora UEPG, 2017, p. 221-249.

SCHELESENER, Anita Helena. Hegemonia, Cultura e seus Desdobramentos na Educação: uma Leitura dos Escritos de Antonio Gramsci. Cadernos de Pesquisa:

Pensamento Educacional, Curitiba, v. 8, n. 19, p. 119-131, maio/ago. 2013. Disponível em http://www.utp.br/cadernos_de_pesquisa/

TROTSKY, Leon. A História da Revolução Russa: o triunfo dos Sovietes. Volume 3ª Ed. do Centenário. Brasília: Edições do Senado Federal, 2017.

Downloads

Publicado

2021-06-30

Como Citar

HELENA SCHLESENER, Anita; MEZAROBBA, Gilson; MARIA GARCIA DE ALMEIDA, Tatiani. A DUPLA NATUREZA DO CENTAURO E A LUTA DE CLASSES NO BRASIL. Revista Práxis e Hegemonia Popular, [S. l.], v. 6, n. 8, p. 18–32, 2021. DOI: 10.36311/2526-1843.2021.v6n8.p18-32. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/PHP/article/view/12810.. Acesso em: 22 nov. 2024.