A DUPLA NATUREZA DO CENTAURO E A LUTA DE CLASSES NO BRASIL

Autores

  • Anita Helena Schlesener
  • Gilson Mezarobba
  • Tatiani Maria Garcia de Almeida

DOI:

https://doi.org/10.36311/2526-1843.2021.v6n8.p18-32

Palavras-chave:

Hegemonia. Luta de classes. Filosofia da práxis

Resumo

Este artigo parte da metáfora do Centauro maquiavélico para desenvolver algumas reflexões sobre a crise orgânica vivida no Brasil nesta segunda década do século XXI. O referencial teórico se concentra na obra de Antonio Gramsci, tendo como base o conceito de hegemonia para explicitar características da luta de classes, renovada em suas novas dimensões políticas e ideológicas. Na primeira parte retomamos dados históricos explicitando as políticas imperialistas e as novas características da luta de classes, principalmente com a acentuação do fascismo. Em seguida, abordamos a questão da hegemonia expressa no equilíbrio entre força e consenso, mas também como superação da violência pela civilidade, fator acentuado por Maquiavel na política aconselhada ao Príncipe.

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Publicado

2021-06-30

Como Citar

HELENA SCHLESENER, Anita; MEZAROBBA, Gilson; MARIA GARCIA DE ALMEIDA, Tatiani. A DUPLA NATUREZA DO CENTAURO E A LUTA DE CLASSES NO BRASIL. Revista Práxis e Hegemonia Popular, [S. l.], v. 6, n. 8, p. 18–32, 2021. DOI: 10.36311/2526-1843.2021.v6n8.p18-32. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/PHP/article/view/12810.. Acesso em: 21 nov. 2024.