Para uma ethical turn da tecnologia

por que Hans Jonas não é um tecnofóbico

Autori

  • Jelson Roberto de Oliveira Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

DOI:

https://doi.org/10.1590/0101-3173.2022.v45n2.p191

Parole chiave:

Tecnofobia, Hans Jonas, Ethical turn, Responsabilidade, Heurística do temor

Abstract

O objetivo do presente artigo é contrapor à acusação de tecnofóbico, erroneamente dirigida a Hans Jonas, a sua proposta de uma ethical turn da tecnologia, cujas bases estariam na capacidade ética de impor contenções ao avanço utópico do progresso técnico, algo que leva a ética da responsabilidade ao polêmico conceito de “heurística do temor”. Para tanto, parte-se de um exame sobre o projeto jonasiano de uma filosofia da tecnologia, cuja terceira perspectiva seria valorativa, sendo esta a que ele melhor desenvolveu. A partir daí, analisa-se qual seria o valor da tecnologia, com base no ponto de vista da vida (nos seus quatro âmbitos: presente e futura, humana e extra-humana) para então se examinar, estrategicamente, a posição de Gerard Lebrun, para quem Jonas estaria entre os filósofos tecnofóbicos. O intuito, nesse caso, é demonstrar a incoerência de tal interpretação, precisamente porque o pensador francês, com grande atuação no Brasil, confunde a proposta da reorientação ética (no sentido de um poder desde dentro da técnica) com a imposição de um poder exterior, de cunho paralisante.

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Biografia autore

  • Jelson Roberto de Oliveira, Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

    Professor do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, possui graduação em Filosofia pela Universidade Federal do Paraná (1999), especialização em Sociologia Política e mestrado em História da Filosofia Moderna e Contemporânea pela mesma Universidade (2004) e doutorado em Filosofia pela Universidade Federal de São Carlos, com pesquisa sobre a Amizade em Nietzsche. Foi coordenador do Curso de Licenciatura em Filosofia (2009-2011) e do Programa de Pós-graduação - mestrado e doutorado (2012-2013) da PUCPR, onde foi Diretor de Graduação (2014-2015). É membro do Grupo de Pesquisa Hans Jonas do CNPq e é atual coordenador do GT Hans Jonas, da ANPOF (Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia). Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Ética e História da Filosofia Contemporânea, atuando principalmente nos temas de ética, moral, Nietzsche, Schopenhauer, Hans Jonas. 

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Recebido: 06/6/2021 - Aceito: 19/9/2021

Pubblicato

2022-03-29 — Aggiornato il 2022-06-23

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Sezione

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Come citare

OLIVEIRA, Jelson Roberto de. Para uma ethical turn da tecnologia: por que Hans Jonas não é um tecnofóbico. TRANS/FORM/AÇÃO: Revista de Filosofia, Marília, SP, v. 45, n. 2, p. 191–206, 2022. DOI: 10.1590/0101-3173.2022.v45n2.p191. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/11953.. Acesso em: 22 nov. 2024.