O radicalismo de direita e a personalidade autoritária em Theodor Adorno
DOI :
https://doi.org/10.1590/0101-3173.2024.v47.n3.e02400195Mots-clés :
Escola de Frankfurt, Teoria Crítica, Theodor Adorno, Radicalismo de direita, Personalidade autoritáriaRésumé
O tema deste estudo é o pensamento político de Theodor Adorno, referente às suas contribuições sobre o radicalismo de direita e a personalidade autoritária. Na conferência que pronunciou, em 6 de abril de 1967, intitulada Aspectos do novo radicalismo de direita, Adorno partiu do pressuposto de que o novo radicalismo em nada diferia do antigo, isto é, não havia rupturas nas posições políticas autoritárias que se estabeleceram no Pré-Guerra e no Pós-Guerra, de 1945. Essa constatação o levou a considerar o fascismo-nacionalismo um fenômeno social e político vinculado à sociedade burguesa e à personalidade autoritária, que ele investigou nos Ensaios sobre psicologia social e psicanálise. Para o estudo do tema, a compreensão dos acontecimentos e ideias aludidas por Adorno se faz relacionada à história, em sua dinâmica de mudança e permanência, e à Teoria Crítica, capaz de pôr em discussão esse movimento. A permanência de ideias e políticas autoritárias, mesmo na atualidade, suscita interesses de investigadores desejosos em entender as motivações e fundamentos. Isso justifica um retorno ao pensamento de Adorno. Por isso, o objetivo proposto é o de compreender, em Adorno, a permanência (ou retorno) de posições políticas autoritárias, num momento no qual elas foram vencidas, com o fim da Segunda Guerra Mundial.
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Recebido: 25/01/2024 – Aprovado: 17/04/2024 – Publicado: 15/06/2024
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